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A Crônica Francesa: saiba como foi a produção do novo filme de Wes Anderson
Em cartaz nos cinemas brasileiros, “A Crônica Francesa” é o novo filme do premiado cineasta Wes Anderson e dá vida à uma coleção de histórias da última edição de uma revista americana publicada em uma cidade francesa fictícia do século XX. Com direção e roteiro de Anderson, que também atua como produtor ao lado de Steven Rales e Jeremy Dawson, o filme tem no elenco nomes como Adrien Brody, Tilda Swinton, Bill Murray, Owen Wilson, Benicio del Toro, Léa Seydoux, Frances McDormand, Timothée Chalamet, Jeffrey Wright, entre outros.
Com o passar dos anos, os filmes de Wes Anderson têm se tornado cada vez mais complexos e vívidos na riqueza de detalhes visuais e narrativos que preenchem cada quadro. Em “A Crônica Francesa”, os visuais podem passar repentinamente de preto e branco para cores, ou do plano panorâmico para outro, as legendas podem aparecer em qualquer canto do quadro e o registro emocional pode mudar de comédia para o lirismo em um instante.
“Acho que a evolução de Wes como artista tem sido muito interessante, porque a cada filme ele continua se superando”, diz o produtor Jeremy Dawson. “Este é seu décimo filme e é mais rico e complexo do que qualquer coisa que ele fez antes. Ele realmente entende como todas as peças se encaixam, e acho que é isso que ele foi capaz de aperfeiçoar ao longo dos anos. Seu trabalho amadureceu muito e ele consegue dizer muitas coisas ao mesmo tempo”, completa Dawson.
Inspirado na admiração de Anderson pela revista The New Yorker, Jeffrey Wright comenta como o modo de dirigir do cineasta transforma as cenas do filme em uma página de revista, “a maneira como ele enquadra os filmes são como dioramas vivos! De certa forma, eles parecem a página de uma revista. Mas há tanto nível de detalhamento no quadro e tanta atenção não só à linguagem e às palavras, mas também à composição, em que cada quadro é em si uma história dentro de outra história”.
A Direção
Assim como todos os trabalhos anteriores de Wes Anderson, com exceção de suas animações, “A Crônica Francesa” foi rodado em filme. “Acho que ele gosta mais do processo de filmar com filme do que do digital. Originalmente, tínhamos planejado filmar a maior parte do filme em cores, mas, durante a preparação, fizemos algumas tomadas de teste e todos fomos atraídos a aparência do material preto e branco: a granulagem, o contraste e a impressão geral foram realmente surpreendentes; e Wes decidiu usá-lo muito mais do que tínhamos planejado. Portanto, em muitos casos, usamos cores para dar ênfase, por exemplo, quando Rosenthaler revela suas pinturas pela primeira vez, mudamos para filme colorido e lentes anamórficas para dar um impacto mais forte à tomada”, diz o diretor de fotografia Robert Yoman.
“Em um determinado momento, sinceramente decidi que faria o que quisesse”, conta Anderson, “e que, se quisesse fazer uma sequência em preto e branco em plano panorâmico e com a câmera na mão, é isso que faríamos. Podemos fazer essa parte como um desenho animado? Sim, podemos, então pronto”, comenta o cineasta.
Cenários
Para gravar “A Crônica Francesa” foram usados cerca de 137 sets diferentes, “foi a maior criação de set e preparação de cenários que já fiz. Todos tinham seu próprio estilo e a única maneira de fazer isso de forma econômica era manter as coisas bem próximas umas das outras, reutilizando itens sempre que possível e fazer isso de maneira inteligente… e ter uma equipe de design de produção extraordinariamente talentosa, todos esses artesãos e criadores de placas e artistas de cenário de ópera fizeram um trabalho incrível”, conta Dawson.
Trailer
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