7 filmes “cult” para sair da mesmice de Hollywood – Parte II

A maioria das pessoas sabe que filmes 'cult' seriam o contrário do que muitos filmes de Hollywood abordam, mais não é apenas isso.

A maioria das pessoas sabe que filmes “cult” seriam o contrário do que muitos filmes de Hollywood abordam, mas não é apenas isso. A grande concepção, entretanto, dessa categoria de filmes acaba sendo mais abrangente que isso, pois o filme é cultuado por várias questões.

Uma forma de um filme se tornar cult é sua natureza controversa, que muitas vezes quebra paradigmas, seja por seu conteúdo violento, horror ou quebra de tabus. Isso nem sempre está relacionado à época que foi lançado, como alguns filmes recentes que se enquadram nesse meio provam.

Vários personagens de filmes clássicos juntos como se estivessem posando para uma foto. - Otageek

Por isso, decidi criar uma continuação da minha outra matéria e trago a vocês mais 7 filmes cult pra quem está cansado da mesmice ou clichês de filmes de Hollywood.

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1. MONSTROS (FREAKS, 1932)

Para grande parte dos filmes de terror, a polêmica é seu melhor marketing, atraindo a atenção do público, como por exemplo O Exorcista ou a Bruxa de Blair. Mais isso não é algo tão novo assim.

O filme Monstros, de 1932, causou bastante polêmica entre espectadores, sendo banido de diversos países e tendo até relatos de pessoas que passaram mal durante sua projeção. Mas apesar de ser descoberta 30 anos depois de seu lançamento, essa verdadeira obra de arte ”peculiar” possui admiradores até os dias de hoje.

Integrantes do circo do filmes Freaks. - Otageek

O longa conta a história de Cleópatra (Olga Beclanova), uma trapezista que se relaciona com o forte Hércules (Henry Victor), mas que por interesses pessoais, casa-se com o anão Hans (Harry Earles), herdeiro de uma enorme fortuna. Porém, os demais integrantes do circo onde Hans vivia percebem o interesse dela no dinheiro de seu amigo e então planejam vingar-se da trapezista. Confira o trailer:

2. SUSPIRIA (2018)

Alguns filmes conseguem marcar uma geração inteira por terem grande representação na memória de uma infância ou adolescência. Existe os que marcam pela grande reflexão que causam e existe aqueles que nos perturbam tão profundamente que permanecem em nossa mente mesmo se passando muito tempo. Suspiria é com certeza um desses filmes.

Personagens do filme Suspiria, com Susie (Dakota Johnson) na frente, dançando contra um fundo preto, - Otageek

O longa é um remake de Luca Guadagnino, lançado em 1977, que ficou marcado na história e eternizado por ser bem construído e desenvolvido tanto em sua trilha sonora, quanto roteiro.

Bom, vocês podem estar pensando que o de 1977 que deveria ser o “cult” aqui. Porém, seu remake conseguiu entregar por completo toda a premissa, horror e beleza. O desenvolvimento dessa história fantástica é mais assertivo, já considerado um clássico, mesmo com dois anos de lançamento. O elenco conta ainda como Tilda Swinton, Dakota Johnson e Chloe Grace Moretz.

Personagem de Tilda Swinton em Suspiria. - Otageek

O enredo permanece o mesmo do original: Sisie Bannion (Dakota Jonhson) chega à Berlim de 1977 para estudar numa renomada escola de dança chamada Markos Dance Academy. Lá, depara-se com mulheres de personalidades fortes, em meio a uma ambiente estranho, repleto de silêncio e coisas inexplicáveis.

Com o passar dos dias, Susie se vê sendo arrastada para o centro de uma teia de feitiços das professoras da academia e se descobre no meio de um coven no qual acreditam que Helena Markos (Tilda Swinton) é a encarnação da Mãe Suspiriorum, uma espécie de entidade cultuada na academia. Confira o trailer:

3. THE NIGHTINGALE (2018)

The Nightingale é mais um filme “cult” recente que rendeu muitas críticas e já é considerado um dos filmes mais promissores, tendo uma mulher em sua direção. A diretora é a australiana Jennifer Kent, que ficou conhecida após seu trabalho em The Babadook, filme de terror lançado em 2014.

Pode-se dizer que o filme The Nightingale não é para pessoas de estômago fraco. Violência sexual e abusos psicológicos fazem do início do filme algo muito marcante, sem contar os contextos históricos nele retratados, como a colonização da Austrália em 1825, marcada por grandes massacres de tribos indígenas dos aborígines e o choque direto em suas culturas.

Clare Carroll, personagem de Aisling Franciosi, empunhando uma espingarda em meio a uma floresta. - Otageek

O filme narra a história de Claire, uma moça irlandesa vivendo na Austrália Colonial que, após ser vítima de uma grande tragédia, percorre uma região selvagem em busca de vingança contra os soldados ingleses que mataram seu marido e seu filho. Confira o trailer:

4. O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN (2001)

Deixando o clima um pouco mais leve com relação aos filmes anteriores, temos aqui o exemplo do poder da linguagem audiovisual, a qual mostra que a sensibilidade e o amor continuam vivos no cinema. Esse é o caso de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, conhecido até hoje por sua leveza, doçura e lições, mostrando nuances da individualidade e o prazer da inocência.

Amélia Poulain, personagem de Autrey Tatou, segurando uma colher e olhando para a câmera. - Otageek

O longa centra-se na história da parisiense Amélie, uma jovem que cresceu meio afastada das outras crianças por conta de seu pai. Após sua morte, ela se muda e vai trabalhar em um café, onde tudo é novo e a fascina. De certa forma, age de modo particular, por conta de sua criação, o que dá um ar de bem original ao filme.

Certo dia, encontra uma caixa com brinquedos e fotografias escondida e, a partir daí, parte em busca do dono. Dali em diante, Amélie nota o que pode fazer pelas pessoas. Confira o trailer:

5. O LABIRINTO DO FAUNO (2006)

Nesse clássico dos filmes cult, a imaginação de uma menina durante o período da guerra civil espanhola se une e distorce a realidade a ponto de fazer de uma guerra um cenário secundário para a coroação de uma princesa. Vendido como um thriller de fantasia, O Labirinto do Fauno segue uma linha tênue como refúgio do psiquismo de sua protagonista, fazendo questionar até que ponto aquilo tudo seria sua imaginação.

Nessa obra de arte do cinema, acompanhamos a história de Ófelia, uma criança de 11 anos que se encontra entre o mundo infantil e o mundo adulto. A trama se desenvolve com a princesa do submundo, que se encontra em um local onde seres fantásticos e a magia fazem parte de seus cotidianos. Entretanto, Ofélia também é a filha de um capitão do exército fascista de Franco. Confira o trailer:

6. A PELE QUE HABITO (2011)

Quando qualquer obra cinematográfica tem alguma conexão com o tão famoso Almodóvar, sabemos o quão profundo, delicado e elegante seus trabalhos podem ser. Em seu longa A Pele que Habito, o artista chega ao paroxismo de mescla de gêneros, levando para tela essa obra angustiante em certo ponto, doentia ao se aprofundar nas emoções humanas e, ao mesmo tempo, uma narrativa extraordinariamente sóbria, espontânea e com uma intensidade criadora quando retrata suas obsessões, como solidão, traição, identidade sexual e morte.

Antonio Banderas e Elena Ayala olhando para a câme. Ela está careca e usa uma máscara branca.

Nessa obra, Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um cirurgião plástico que mora com sua filha, a qual ficou com alguns problemas psicológicos após a morte de sua mãe. Com o intuito de socializar novamente sua filha, ele então a leva a um encontro. Mas o cirurgião pensa que a garota foi abusada e elabora uma vingança contra o suposto estuprador. Confira o trailer:

7. LABIRINTO (1986)

Labirinto é um filme que depois de vê-lo, vai te marcar para sempre. Tanto por sua trilha sonora, que não deixa a desejar – até porque temos a estrela David Bowie – quanto pelo elenco principal.

Fazer um filme com todos esses efeitos especiais foi com certeza um desafio para a época. O figurino, maquiagem e cenário fizeram com que o filme fosse ganhando espectadores ao longo dos anos.

Fanart de Labirinto, mostrando Sarah (Jennifer Connely) em primeiro plano e Jareth (David Bowie) ao fundo. - Otageek

O longa tem como premissa a adolescente Sarah, uma garota que possui muita imaginação e acaba dando vida aos personagens de seu filme favorito, para que eles sumam com seu irmãozinho bebê. Mas quando o pequeno Toby realmente desaparece, Sarah precisa recuperar o irmão nesse mundo de conto de fadas e encarar o Rei dos Duendes (Bowie). Confira o trailer:

Gostou da nossa lista? Deixe nos comentários as suas sugestões de filmes e quem sabe não acontece uma terceira parte com mais indicações!

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Luana Roque
Luana Roque

Tradutora apaixonada pela cultura pop em geral. Leitora assídua, amante de terror, viciada em séries e filmes e ruim no vídeo game.

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