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WandaVision | A temporada das bruxas ‘Nos capítulos anteriores’ | Crítica
(Escrito por Roberto Costa Talvez naquele que seja o episódio mais denso e sensível de WandaVision até agora, nossas bruxinhas são o foco numa viagem ao passado. O episódio 8 traz respostas e nos mostra a profundidade dos traumas que moldaram Wanda. E ainda somos apresentados ao passado de Agatha numa Salem de bruxas poderosas e não tão piedosas.
Depois de um episódio como o 7, é muito gratificante ver a série se dando tempo para nos explicar mais das nossas bruxas.
‘Nos capítulos anteriores’ foca nos traumas de Wanda, que apesar de já conhecermos, ganham uma nova dimensão quando somos imersos totalmente na história.
Enquanto isso, Agatha continua sendo uma grata surpresa, tanto pelo seu desenvolvimento na história quanto pela atuação impecável da Kathryn Hahn. Vemos o passado da bruxa que invadiu o Hex, sendo apresentados ao seu coven e suas transgressões, além do poder gigante que Agatha possui.
Uma surpresa muito boa foi Evanora Harkness, mãe de Agatha e aparentemente a líder daquele coven. Temos aqui a presença maravilhosa de Kate Forbes no papel dessa bruxa que não se deixa abalar pelos pedidos de misericórdia da própria filha.
Com certeza esse universo sobrenatural das bruxas acerta e muito em retratar a magia, fugindo das explicações que tentam ser “realistas” como as de Doutor Estranho.
Aqui a magia, principalmente de Wanda, parece ser algo inato e de manifestação natural. Simplesmente tudo o que os fãs dos quadrinhos haviam pedido!
É muito bom ver que os produtores e roteiristas têm um cuidado muito especial em apresentar a magia de Wanda.
Quando temos um primeiro vislumbre da Feiticeira Escarlate no UCM, vemos a personagem com poderes mais limitados, de origens científicas, o que acaba desviando da Wanda dos quadrinhos.
A Temporada das Bruxas em WandaVision
Na série, temos essa visão mais profunda dos poderes da Wanda Maximoff que queríamos ver. Em uma origem mística, a personagem desde pequena lança feitiços sem perceber e, depois de seu contato com a joia da mente, torna-se algo novo.
Conforme acompanhamos Agatha e Wanda no passado trágico da nossa heroína, ganhamos uma perspectiva totalmente nova sobre a série. Temos uma “explicação” sobre o formato de sitcom dos episódios anteriores, além de suas referências, e a confirmação das teorias sobre os comerciais quando observamos os traumas.
Seja a bomba das Industrias Stark ou os experimentos nas mãos da HYDRA, é impossível não se abalar com esse passado tão cruel da nossa Feiticeira Escarlate.
Por mais que esse background traumático já tenha sido apresentado nos filmes, é somente vendo como a Wanda é abalada por esses traumas que nós paramos para compreender a personagem em toda a sua essência.
Elizabeth Olsen, que já vem sendo elogiada nas críticas passadas, vai continuar sendo destaque nesse episódio. Seu olhar é sempre carregado de pesar: o luto quase constante de Wanda é tão bem traduzido pela atriz que imaginar a personagem passando por seus traumas chega a ser doloroso.
Além disso, Kathryn Hahn é muito essencial, além de fluir muito bem entre o humor ácido de Agatha e seus momentos sérios. A atriz consegue exalar um ar de poder, imponência e conhecimento ancião que sua personagem requer nos momentos em que tenta decifrar os poderes de Wanda.
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Essa interação das duas personagens, além de nos presentear com um show de atuação das duas atrizes, vai construindo uma relação que faltava no Universo Cinematográfico da Marvel.
A magia no Universo Cinematográfico da Marvel
Doutor Estranho cumpre muito bem seu papel de introduzir o universo mágico e sobrenatural, mas é com Agatha, Wanda e suas viagens que nós ficamos totalmente presos à magia.
Uma esperança desse colunista é que a Marvel explore mais do mundo das bruxas no futuro. Fora o flashback da história de Agatha, nós ainda não temos nada dessas mulheres tão poderosas.
Foi um acerto muito grande se deixar levar pelos poderes sem uma explicação “realista”. Magia é magia e nós amamos isso.
‘Nos Capítulos Anteriores’ é um episódio muito explicativo, no qual recebemos muitas respostas sobre o passado de Wanda. Mas ele também mostra o que levou até a construção do Hex, com algumas revelações no final.
Talvez a revelação mais impactante, e muito esperada, é que a Wanda possui a Magia do Caos, um elemento bem presente nos quadrinhos, o qual molda muito da história da Feiticeira Escarlate. A magia é citada por Agatha e deve ganhar uma explicação mais profunda nos próximos episódios.
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Deixo aqui o joia positivo para os roteiristas e produtores por trazerem esse elemento de forma tão clara.
Além disso, temos a consagração da Feiticeira Escarlate, que Agatha parece tratar como um título ou algo parecido, mas é tão bom finalmente ouvir o nome para se referir a Wanda…
Cena pós-créditos!
O episódio 8 volta a apresentar uma cena pós-créditos, e dessa vez de arrepiar!
Vemos uma nova versão do Visão, construída pela E.S.P.A.D.A, mas que parece infinitamente mais assustadora e perigosa do que o sintozóide simpático e sensível que conhecemos em Era de Ultron.
Sem dúvidas o episódio foi um presentão para os fãs dos quadrinhos, que esperavam há tanto tempo pela construção da personagem que nós amamos.
‘Nos capítulos anteriores’ acende a esperança de todos os fãs que esperavam uma adaptação mais livre pela Marvel, trazendo esses elementos dos quadrinhos. Ela está fazendo isso para um novo contexto, porém respeitando sua presença nas histórias e como elas são partes fundamentais dos personagens que conhecemos.
Lembrando sempre que WandaVision está disponível na plataforma Disney+.
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Poxa, queria o Pietro ?