Acompanhe o Otageek nas redes sociais
Uma breve história sobre o Grunge
Tudo começou com The Melvin. Formada em 1983 no estado de Washington, a banda fazia parte de uma geração de músicos influenciados por artistas como KISS, Black Sabbath, Led Zeppelin e AC/DC. Inspirando-se nas bandas que eles amavam, The Melvins foram então um dos primeiros grupos de rock a misturar elementos de metal e punk em seu som.
A cidade de Seattle daquela época estava perdendo sua imagem hippie, mas ainda mantendo os valores de contracultura e não-conformidade. Nesse contexto, em 1984, as bandas Green River e Soundgarden se formaram, seguidas pela Screaming Trees em 1985. No ano de 1986, assim, fundou-se a Sub Pop Records com sede em Seattle. Essa compilação, creditada como a primeira distribuição do grunge, incluía Melvins, Green River, Soundgarden, Malfunkshun, Skin Yard e The U-Men.
Já no início da nova década, a banda Mother Love Bone estava prestes a fazer de seus membros as estrelas do rock que eles pretendiam ser, quando Wood (vocalista) infelizmente morreu de forma inesperada após uma overdose de heroína. O colega de quarto de Wood, Chris Cornell, do Soundgarden, chegou até a escrever uma homenagem ao seu falecido amigo.
Todavia, algumas músicas tocadas com os membros sobreviventes do Mother Love Bone se transformaram em um álbum inteiro, o Temple of the Dog. Isso, por sua vez, acabou chamando a atenção de Cornell para uma das músicas, a qual ele achou que seria melhor como dueto. Ele então convidou um vocalista de apoio, Eddie Vedder, para se juntar a ele e cantar ‘Hunger Strike‘. No mesmo ano, Vedder se juntou aos membros restantes do Mother Love Bone para a criação de uma nova banda chamada Mookie Blaylock, posteriormente renomeada como Pearl Jam.
No mesmo período, em 1990, o Nirvana consistia apenas do cantor e guitarrista Kurt Cobain e do baixista Krist Novoselic, e ainda não havia sequer encontrado um baterista em tempo integral. Mas isso mudou quando eles foram finalmente apresentados a Dave Grohl por meio de seus amigos, tornando-se também uma das maiores bandas dos anos 90 junto a Pearl Jam.
As bandas se tornaram frequentadoras regulares de casas de shows por todo o país, apresentando-se em locais ainda abertos hoje, como The Crocodile e The Showbox. Porém, antes de qualquer uma delas realmente sair de Seattle, elas se descreveram de maneira auto-depreciativa, referindo-se a si mesmas e ao seu estilo musical como sujo, escória e – você adivinhou – grunge.
Entretanto, em 1991, quando o Nirvana alcançou o número um na parada de músicas alternativas da Billboard, com o Pearl Jam logo atrás, “grunge” passou de uma piada para um descritor real do subgênero da música rock, caracterizado por distorção da guitarra, feedback e letras angustiadas e sinceras. Com o passar dos anos, à medida que o conceito foi cada vez mais utilizado no mainstream, tornou-se cada vez mais rejeitado e anticonformist.
E como essas bandas desenvolveram uma necessidade de marketing, o “grunge” mudou para um estilo de vida, especialmente na moda. Essa indústria, de Macy a Marc Jacobs, começou a criar itens que imitavam o estilo dessas bandas, como camisas de flanela, botas de combate e chapéus de esqui de lã, geralmente usados com cabelos não lavados.
Infelizmente, Grunge acabou se tornando um termo genérico para as bandas do noroeste americano dos anos 80 e 90 em algum momento, mesmo que tivessem estilos e sons completamente diferentes. Hoje, porém, o termo foi recuperado, ainda mantendo os mesmos valores que iniciaram o movimento.
Leia também:
- Eddie Van Halen infelizmente nos deixou, mas seu legado na música é eterno!
- 11 artistas que você precisa conhecer
- 5 músicas que marcaram o cinema
[…] Uma breve história sobre o Grunge […]