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Resenha | ‘O Impulso’ de Ashley Audrain
Através da uma viagem angustiante e de várias reflexões, Ashley Audrain nos presenteia com o magnífico “O impulso”, fazendo-nos analisar ângulos nem sempre vistos de uma maternidade não romantizada.
É sem duvidas uma tarefa muito árdua ter uma opinião moderada sobre essa história tão avassaladora e que deixa o leitor tão reflexivo a todo o momento. Blythe Connor está disposta a quebrar a péssima linhagem de mães que teve em sua família, tendo sua primogênita com seu marido Fox.
Fox é arquiteto e sempre teve os moldes de uma família perfeita, que pretende idealizar com sua amada esposa. Ambos dão a luz a pequena Violet, porém Blythe já enfrenta inúmeras dificuldades logo a partir do parto de sua amada filha.
Durante o exaustivo cotidiano da maternidade, Blythe já percebe que sua filha não é como as outras crianças e tem comportamentos muito questionáveis sobre tais atitudes.
A mesma ainda percebe, com muita clareza, o certo ódio que sua própria filha parece nutrir contra ela com o passar do tempo. Ao finalmente expressar esses acontecimentos com Fox, o mesmo sempre aponta que é uma fase e que são coisas da cabeça da esposa.
Com uma angústia entre não saber se está paranoica ou perdendo sua sanidade, Blythe vai vendo seu mundo criado com tanto carinho cair em uma réplica idêntica a de seu passado conturbado.
Quem já acompanhou a história tanto do livro quanto do filme de “Precisamos falar sobre o Kevin” pode encontrar certa similaridade, porém, com uma linha tênue de diferença.
A narrativa, o enredo e também o conflito generalizado como um todo trazem outra temática, que faz desse livro único. Com certeza, esse é um trabalho excepcional dessa autora em ascensão, deixando-me com um desejo pessoal de absorver mais obras que vem por aí da mesma.
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