Resenha | Conhecendo Nova York com ‘Cidade das Garotas’

Escrito por Elizabeth Gilbert, autora de Comer, Rezar, Amar, o best seller do New York Times é uma história de amor com a Nova York de 1940

Cidade das Garotas narra a história de Vivian Morris, uma jovem de dezenove anos que acabou de ser expulsa da Vassar College, uma das faculdades de mais prestígio e renome do estado de Nova York. Após todo esse fiasco, ricos e influentes, os pais de Vivian decidem mandá-la para Manhattan para passar um tempo com sua tia, Peg, que trabalha com entretenimento e é proprietária de um teatro, chamado Lily Playhouse.

A jovem chega à cidade bem tímida e contida, mas acaba se apaixonando à primeira vista pela Grande Maçã. Não só pela cidade, Vivian se apaixona pelo mundo do teatro, atores, coristas e tudo que os cerca.

Retrato da autora Elizabeth Gilbert com as mãos no rosto. Cidade das Garotas. Otageek.
A autora Elizabeth Gilbert.
Imagem: Timonthy Greenfield-Sanders

Com narração em primeira pessoa, a autora Elizabeth Gilbert, de Comer, Rezar, Amar, não economiza nos detalhes. Podemos imaginar claramente como é o Lily Playhouse, Peg, Olive, Celia Ray e os demais personagens que vamos conhecendo conforme a leitura avança.

A imaginação do leitor corre solta ao tentar adivinhar os próximos passos da jovem e o que ela irá fazer com a liberdade recém-conquistada.

Por se passar na década de 40, a personagem encontra alguns tabus e situações que não encontraríamos atualmente. Mas Vivian encara tudo de cabeça erguida, buscando solucionar os problemas da melhor maneira possível sem cair no estereótipo de garota boazinha e certinha. Justamente por se tratar de algo de época, é maravilhoso acompanhar Vivian descobrindo a si mesma e os prazeres do mundo.

O leitor, assim como a protagonista, também se apaixona pelos bastidores do teatro e por seus atores. A narração empolgante de Vivian faz com que tenhamos o mesmo carinho pelos personagens como ela tem. Sofremos, sorrimos e nos imaginamos ao lado de Vivian quando tudo acontece. Somos completamente envolvidos por sua narrativa.

Capa do livro Cidade das Garotas, um fundo azul com penas coloridas de rosa que lembra adereços usados no teatro. Otageek.
Capa de Cidade das Garotas.

Curiosidade: Mesmo sendo uma obra de ficção, alguns dos atores, atrizes e casas noturnas citados no livro realmente existiram e faziam parte da cultura de Nova York da década de 40.

Cidade das Garotas acompanha várias fases da vida da jovem e notamos seu crescimento e amadurecimento após eventos marcantes e dolorosos. Mesclados com acontecimentos reais, como a Segunda Guerra Mundial, vemos o que esse período representou e como afetou Vivian e seus colegas de teatro. Além disso, passamos por outros momentos importantes como o movimento hippie e a revolução sexual dos anos 80.

“Tudo fica diferente depois que uma guerra termina. Já vi isso antes. Se tivermos bom senso, estaremos todos preparados para fazer ajustes. (…) A Nova York pós-guerra era um animal esplêndido, faminto, impaciente e crescente.”

Trecho de ‘Cidade das Garotas’

A leitura fluida, linguagem de fácil compreensão e a diversidade fazem com que o leitor não se desgrude da história. O único ponto negativo é a falta de finalização de alguns personagens, gostaria de tê-los visto um pouquinho mais. De qualquer forma, Cidade das Garotas é um deleite para quem deseja apreciar uma boa leitura, mergulhando no universo de Vivian e enxergando a cidade que nunca dorme de uma outra maneira.

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Ficha técnica

Autor: Elizabeth Gilbert
Título original: CITY OF GIRLS
Tradução: Débora Landsberg
Páginas: 432
Lançamento: 24/06/2019
Editora: Companhia das Letras
Selo: Alfaguara


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Texto escrito por Sabrina Ventresqui

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Luna | A Patroa da Redação
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