Pânico 6 | Crítica sem spoilers

Dessa vez em Nova Iorque, Pânico 6 promete suspense, violência e terror, e entrega tudo com maestria.

Via: Pramount Pictures

Enredo e review

Pânico 6 segue 1 ano após o último massacre em Woodsboro, Sam Carpenter, Tara Carpenter, Chad Meeks e Mindy Meeks estão tentando seguir em frente quando se dão conta de que um novo Ghostface está atrás deles, agora em Nova Iorque.

A mudança de cenário torna o filme bem mais assustador. O filme utiliza bem do cenário, que trabalha a seu favor o tempo todo.

Como citado por alguns atores do filme, o fato de ser uma cidade grande com pessoas por toda parte pode dar uma sensação de segurança, mas também de desespero por saber que entre uma multidão, Ghostface pode estar te observando.

E essa sensação é perfeitamente transcrita para as telas. Não é como outro filme Pânico, tem uma vibe diferente dos demais.

Um dos maiores destaques do filme é certamente o desenvolvimento de alguns personagens, e de suas relações um com os outros. O “Quarteto Top, como nomeado por um dos personagens, consegue brilhar o tempo todo, e torna o filme emotivo ao mesmo tempo que assutador.

Via: Paramount Pictures.

Pontos positivos

Para começar, a cena de abertura é surpreendente. Algo nunca feito até então na franquia, e definitivamente a melhor desde o primeiro filme com a icônica Drew Berrymore.

Algo que também difere Pânico 6 dos seus antecessores são as mortes. Dessa vez as mortes são muito mais expostas e viscerais. Há tipos de mortes que nunca haviam sido feitas em nenhum dos anteriores 5 filmes da franquia.

Outro ponto positivo do filme é a velocidade na qual ele é conduzido. Assim que começa você já se encontra no meio de uma cena de ação, e não para até o ato final. Muito suspense, jumpscares e sangue.

O desenvolvimento de alguns personagens é sem dúvida uma das melhores coisas do filme. É possível entender melhor certos personagens, e criar um senso de proximidade com eles.

A volta de Kirby Reed também é algo fantástico. O seu fim havia sido deixado em aberto em Pânico 4, propositalmente por Wes Craven (diretor dos 4 primeiros ‘Pânico’, que faleceu em 2015).

E, após a confirmação por meio de um easter egg em Pânico 5, Kirby Reed está oficialmente de volta, e não deixa a desejar. O tempo perdido sem a personagem é rapidamente recuperado, e há um entendimento melhor da personagem.

Via: Paramount Pictures.

Um das grandes reclamações dos fãs referente aos últimos 2 filmes, foi a falta das famosas “Cenas de perseguição”. Como por exemplo a cena da Gale vs. Ghostface no estúdio da universidade em Pânico 2, o primeiro ataque da Sidney em Pânico 1, e a cena da Sidney vs. Ghostface no set de “Facada“, em Pânico 3.

Mas, com o 6º filme, os fãs não precisam se preocupar: há muitas cenas de perseguição, e momentos de deixar qualquer fã extremamente nervoso e ansioso.

Por fim, Melissa Barrera que interpreta a nova Final Girl, Sam Carpenter, consegue executar o seu papel perfeitamente. Masoon Gooding (Chad), Jasmine (Mindy), e Jenna Ortega (Tara) são extremamente convincentes em seus papéis, e possuem uma química e dinâmica surpreendente.

Pontos negativos

Ainda que o filme seja incrível e cheio de suspense, há alguns pontos negativos, como em quase todo filme.

O primeiro ponto a observar é o número de mortes. Esperava-se um número de mortes maior para essa sequência por se passar em uma cidade grande com um Ghostface supostamente “diferente” dos demais.

No entanto, há várias mortes no filme, e a forma que certos personagens morrem certamente supre o fato de que não há várias – ou ao menos, tantas esperadas pelos fãs.

Ademais, enquanto muitos personagens são muito bem desenvolvidos, um personagem em específico não é tão explorado e sente-se a falta dele durante boa parte do filme.

Era esperado que esse personagem tivesse um desenvolvimento maior, considerando o que aconteceu em sua vida, e que algo fosse explorado em relação a isso.

E por fim, o boa e velha motivação no Ato Final do filme. Algo que sempre foi o ponto alto da franquia, dessa vez se apresenta de forma mais fraca e um pouco apressado.

No entanto, a revelação e o final do filme consegue subverter as expectativas dos fãs, e traz algo de fato inovador pra franquia.

Via: Paramount Pictures

Conclusão e nota

Mesmo com alguns pontos negativos, Pânico 6 consegue se destacar por se diferenciar dos demais, e trazer uma sequência mais sombria para a franquia.

É um filme com muito desenvolvimento, cenas de suspense e mortes brutais. Definitivamente é um filme divertido, que ainda aborda a metalinguagem e que está cheio de referências e easter eggs que farão os fãs se emocionar.

Era necessária uma mudança na fórmula da franquia, e uma das melhores decisões feitas foi levar a história para Nova Iorque, um cenário diferente e muito mais assustador.

O filme é bem superior ao 5, que conta com mais pontos negativos e falhas. Dessa vez, o filme não parecia estar reclicando os outros filmes dirigidos por Wes Craven. Dessa forma, parecia de fato um filme dos novos diretores, Matt-Bettinelli-Olpin e Tyler Gillet, entitulados Radio Silence.

Portanto, para o Otageek, a nota para o filme é de 4 estrelas. Isso deve-se principalmente ao fato de ser um filme diferente, mais agressivo, e com muito suspense.

Até o momento, o filme está com uma avaliação de 80% com 97 reviews no Rotten Tomatoes. Se permancecer com essa avaliação, ficará empatado com Pânico 1 no segundo lugar de filmes mais aclamados da franquia, atrás apenas de Pânico 2 que tem 82%.

Confira o trailer oficial de Pânico 6, e garanta seu ingresso para assistir dia 09 de março, somente nos cinemas.

Leia também:

E se você gostou do nosso conteúdo, apoie-nos através das nossas redes sociais e acompanhe nosso podcast

Facebook RSS Youtube Spotify Twitch


Receba conteúdos exclusivos!

Garantimos que você não irá receber spam!

Compartilhe essa matéria!
Ricardo Borges
Ricardo Borges

Graduando em jornalismo, 19 anos. Uberlândia, MInas Gerais.

Artigos: 35
Se inscrever
Notificar de
guest
6 Comentários
Mais velho
Mais novo Mais votado
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários

[…] Pânico 6 | Crítica sem spoilers […]

[…] Pânico 6 | Crítica sem spoilers […]

[…] Pânico 6 | Crítica sem spoilers […]

[…] Pânico 6 | Crítica sem spoilers […]

[…] de maio “O Nascimento do Mal”, longa estrelado por Melissa Barrera (a Sam Carpenter de Pânico) cujo título de terror genérico de locadora certamente atraiu menos gente ao cinema do que ele […]