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Lista | Os 5 melhores shows do Arctic Monkeys em festivais
Hoje no Glastonbury, pela terceira vez a banda britânica Arctic Monkeys serão os artistas principais da noite. Eles que se apresentaram em 2007 e 2013 em um dos maiores festivais de música, retornam para o Palco Pirâmide.
Pela primeira vez, a banda se apresentará no festival realmente animados para a apresentação, segundo o baterista, Matt Helders, no de 2007 havia muita pressão e em 2013 era o início da era e do quinto álbum mais bem sucedido da banda, AM, logo não havia muito do que tocar do novo álbum. Junta isso com o fator de que o vocalista, Alex Turner, anunciou que estava com laringite aguda no início da semana, acarretando no cancelamento de um concerto na Irlanda. Se todos os olhos já estariam virados para eles, agora estarão ainda mais.
No ânimo gigantesco dos fãs nas redes sociais, aqui vai uma lista com os melhores shows do Arctic Monkeys em festivais.
1. Reading Festival 2014
Eu sei, eu sei! Falei do Glastonbury, criei toda essa atmosfera para chegar aqui e soltar em primeiro lugar um outro festival. Mas aqui tem muito o que se enaltecer e que é pouco falado.
Vamos começar que até o figurino deles, está perfeito. Algo que você não se importa muito em relação a banda, mas aqui até isso dá certo. Um ar de rock n’ roll bem agressivo mas também sutil, é bem balanceado entre os membros.
O início perfeito com ‘Do I Wanna Know?’ do icônico quinto álbum, seguido pela icônica ‘Brianstorm’ com um solo de bateria semi igual. Ser noite, nessa apresentação traz todo um ar de mistério e sensualidade que até nos membros menos reconhecidos, mas não menos talentosos, cai perfeitamente bem. ‘Why’d You Only Call Me When You’re High’ tem um início mais arrastado, mais relaxado com os membros sussurrando apenas “High!”, que sendo sincera, saudades desse início.
Em sequência o baixista Nick O’Malley vem com seu baixo Epiphone Jack Cassady usado apenas para essa música. Tudo bem ensaiado, comedido mas não menos impactante. E falando no baixista, ele volta a roubar a cena com ‘Knee Socks’, seja no início com um solo de baixo de quase 40 segundos, seja fazendo a voz principal na ponte, até uma pausa para causar ainda mais fervor acontece. E essa pausa, para quem assiste de primeira, acha que é só para o fim da música mas aí é surpreendido com uma transição perfeita para ‘My Propeller’, música inicial do terceiro álbum da banda, Humbug. Esse festival não está aqui em #1 por qualquer motivo, ali todos estavam em sintonia e tudo funcionando divinamente bem.
2. TRNSMT Glasgow 2018
Se o festival #1 se beneficiou do show ocorrer a noite, esse beneficia e muito, de ter acontecido a tarde. O sexto álbum da banda, Tranquility Base Hotel & Casino não foi bem recebido pelo público, e se você é um dos que não gostou desse novo som mais estilo anos 70 luxuoso e metafórico, te indico ver esse festival, você vai mudar de opinião na hora! Aqui também tudo funciona bem, a setlist, o jogo de câmeras, a interação entre os membros, e eles também solo, dá certo, a confiança deles é palpável. Público não será algo muito debatido nessa lista porque se está falando de Arctic Monkeys no Reino Unido, está falando de um público fiel e feroz. Alex Turner tem certeza do orgulho de seu trabalho, aqui o vocal dele e seu gestual em palcos estão impecáveis. A banda tem a garantia de transmitir essa mesma energia de palco, você não sabe para onde olhar de tão bem conduzido que é o show.
Mesmo o álbum não tendo sido aceito pelo público geral, o desse festival soube aceitar e interagir com as novas músicas, muito bem. Dou aqui um destaque principal para Star Treatment que cria todo um clima melódico para o show. Como de costume em grandes shows da banda, o cantor e parceiro de Alex no duo The Last Shadow Puppets, Miles Kane, sobe ao palco para tocar guitarra na música ‘505’, fechando com chave de ouro um dos grandes festivais da carreira da banda.
3. Glastonbury 2013
Assim que você começa a acompanhar a banda, já percebe que o Alex Turner não é lá de interagir muito com o público, quem dirá o resto da banda. Mas aqui o Alex está tão mais solto, mais confiante, a evolução do Glaston de 2007 para este, é visível e consegue entender porque eles foram chamados novamente, mesmo tendo menos se 6 anos da primeira vez deles lá. Entre os fãs, vários momentos sempre falados, são daqui, o que faz tudo ficar mais pessoal, mais familiar. Ele pedindo para cantarem parabéns para sua mãe, ele anunciando que o primeiro single da banda, a incomparável ‘I Bet You Good On The Dancefloor’, seria para as namoradas dos caras que não levantaram os braços em ‘Pretty Visitors’, ele iniciando ‘Yellow’, do Coldplay, antes de seguir com uma performance lindíssima de ‘Cornerstone’ no violão e emendando ‘Mardy Bum’ acompanhado de uma orquestra, terminando com a última frase de ‘Don’t Look Back In Anger’, do Oasis.
Algo ainda mais incomuns em seus shows, apresentação de cada membro da banda. E por falar neles, um grande destaque para Jamie Cook na guitarra elétrica no solo de ‘Cornerstone’, é lindo!
É muito interessante quando você olha para a banda ao todo e consegue ver essa evolução conjunta, ensaiado sem parecer ser ensaiado. E é claro, não podia ser um grande festival do Arctic Monkeys, sem o Miles Kane, que gravou originalmente o solo de 505 para o segundo álbum da banda, também subiu para tocar com eles. Tudo excepcional.
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4. Reading Festival 2009
Se me perguntarem a essência do Arctic Monkeys, essa é a explicação perfeita do que é a banda. Aqui, Turner já estava confiante em palco, com seu cabelo longo, motivo de paixão de VÁRIAS pessoas, aquele estilo mais “Irei me abrir com vocês aqui porque sou desses”, a banda também segue com essa estética e esse estilo de agir no palco. Tudo segue linear e único, e é realmente único já que tem músicas que depois da turnê do terceiro álbum, Humbug, não são mais tocadas. A querida e impecável, ‘Secret Door’, com uma pequena adição dos vocais de O’Malley no final. ‘Only Ones Who Know’, linda e calma. ‘Dangerous Animals’, música que define super bem o que é esse álbum, o que é essa fase da banda. ‘Fluorescent Adolescent’ com um arranjo diferente, trazendo aquela sensação de “Somos os mesmos, só mais maduros e de cabelo maior”. É assim a pureza mais bela possível. Me dói ter que botar esse tão embaixo, porque do início com ‘My Propeller’ até 505 (dessa vez sem Miles!), você se prende tanto que quando acaba, é difícil crer.
5. Glastonbury 2007
Este aqui é um assunto sensível! Com muita dor no coração coloco este em último. A banda tá no iníciozinho, tinha mal feito 1 ano de lançamento do primeiro álbum, Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, Alex Turner ainda tinha um sotaque tão forte que você quase não entende o que é dito, Nick O’Malley estava também fazia pouco tempo na banda, Jamie Cook ainda era backing vocal! E é justamente por essa nostalgia e sensação de banda iniciante que faz dele tão incrível. Saídos de Sheffield os quatro garotos com seus male má 20/21 anos, já foram chamados para tocar no grande festival. E eles deram o nome. Com uma setlist impecável, e aqui é realmente impecável, cheia de músicas que definiram a adolescência de várias pessoas, eles dão o nome. Não fizeram por menos, sendo justos com o porque mereceram ser chamado e já como um dos nomes principais.
É arrepiante ver a platéia cantando ‘When The Sun Goes Down’, não é por menos que é a melhor versão ao vivo da música, tem algumas faixas menos conhecidas como ‘Leave Before The Lights Come On’, tem direito a cover de Shirley Bassey, ‘Diamonds Are Forever’, tem participação especial! Não apenas uma, ou duas mas sim três. James Ford, produtor da banda até os dias de hoje, no piano. Tem o Dizzeer Rascal, que mesmo sendo um estilo totalmente diferente, deu super certo. E é claro, o já citado aqui anteriormente, Miles Kane com sua guitarra em 505 fecha tudo de forma eletrizante, esse show marca de forma excelente o início da história da banda em festivais. E funciona tudo tão bem, tão bonito. Emoção é a definição.
Se eu pudesse ficar aqui listando festivais e festivais icônicos que os ‘macacos do ártico’ fizeram, eu faria. Só de cabeça consigo lembrar do Primavera Sound 2022 – São Paulo, eles iniciando aquele show com Sculptures é memorável, Austin City Limits 2018, em como toda a era Tranquility Base, foi seguido de uma confiança do palco e do que estava sendo feitas, perfeitamente. Coachella 2012, até Evil Twin foi tocada lá! Tem Alex Turner construindo sua imagem de rockeiro rebelde mas ainda com resquícios do álbum Suck It and See. E só por falar mesmo, Lollapalooza 2012 – São Paulo com ‘Pretty Visitors’ na passarela e Personal Fest8 2014 – Argentina com Alex interagindo em espanhol com a plateia, já é assim a nata da nata do quão bom eles são no palco.
Prefiro não criar expectativas para o show do Glastonbury, mas sei de uma coisa: Quando eles se empenham em entregar um grande espetáculo, eles conseguem entregar isso e muito mais.
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