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James Gunn: Um recomeço para a DC nos cinemas
Em outubro de 2022, a Warner Bros. confirmou que James Gunn e Peter Safran vão comandar as produções do estúdio baseado nos quadrinhos da DC Comics. Desde então, inúmeras mudanças já começaram a acontecer, levando até a demissão de atores que os fãs gostariam muito de ver novamente.
O cineasta James Gunn ficará encarregado de comandar o lado criativo das produções da DC. Ou seja, toda a parte de criação de histórias, escolha de personagens e atores será de responsabilidade de Gunn. Já Safran cuidará da parte comercial e produção desses projetos. Mesmo assim, nada impede que ambos dirijam possíveis produções futuramente.
O interessante é que, mesmo ambos sendo novatos na função, James Gunn já provou sua capacidade na Marvel com a criação dos “Guardiões da Galáxia“. Além de escrever e dirigir “O Esquadrão Suicida” e estar por trás da série do “Pacificador” na DC. Agora, Peter Safran foi o produtor de “Aquaman” e “Shazam” e será também de suas respectivas sequências.
Mas o que essas mudanças impactam no universo cinematográfico da DC?
Bem, primeiramente o que tudo indica é que todas as produções do universo compartilhado da DC comics no cinema serão encerradas. Ou seja, após o segundo filme de “Shazam” e “Aquaman” e o tão esperado “The Flash“, que serão todos lançados em 2023, o universo será totalmente refeito.
Sendo assim, o universo compartilhado iniciado por Zack Snyder com o “Homem de Aço” em 2013 se encerra em definitivo em 2023. Desde de lá, tivemos inúmeros projetos que de fato pareciam interessantes, e alguns até foram. “Batman vs Superman“, “Mulher-Maravilha“, “Aquaman” e “Shazam” são bons exemplos disso. Já “Esquadrão Suicida“, “Liga da Justiça” e o mais recente, “Adão Negro“, acabaram não saindo como o esperado.
Em contrapartida, o universo compartilhado da Marvel nos cinemas só crescia ano após ano. E mesmo que essa rivalidade passe muito mais pelos fãs do que pelos estúdios, o desejo da Warner em emplacar o universo da DC nos cinemas era evidente, mas nunca de fato conseguiu esse êxito.
E isso passa pela pressa e desorganização perante a esses projetos. Pois, desde o “Homem de Aço“, há poucos filmes que foram feitos no tempo que precisava e na tranquilidade que projetos desse tamanho necessitam. Logo, a qualidade final veio a ser prejudicada, em especial os roteiros e CGI.
Mesmo assim, os atores nunca foram um problema para o estúdio. Henry Cavill (Superman), Gal Gadot (Mulher-Maravilha), Jason Momoa (Aquaman) e Margot Robbie (Arlequina), por exemplo, até hoje são muito queridos pelos fãs. Mas é claro que para que um universo compartilhado funcione, o todo que cerca esses atores e seus personagens precisa estar minimamente organizado.
Até por isso que “Joker” e “The Batman” acabaram sendo muito bem recebidos pelo público e crítica. É claro que produções que cercam o universo do Batman já despertam a atenção do público por si só. Mas esses dois projetos “independentes” deram tão certo, muito pela liberdade criativa e tempo dos envolvidos a trabalhar nesses filmes, levando a qualidade de seu texto e fotografia lá em cima e, claro, a escolha de dois grandes atores nos papéis principais.
Até por isso, “Joker” e “The Batman” não serão impactados por essa mudança criativa no universo cinematográfico da DC. “Joker 2” se encontra em produção e tem data prevista de lançamento para 2024 com Lady Gaga no papel de Arlequina. Agora, a sequência de “The Batman” ainda está em pré-produção e sem data de lançamento.
Mas, enfim, Henry Cavill, Gal Gadot, Ben Affleck, Dwayne Johnson e companhia não estão mais nos planos da Warner Bros.. Alguns rostos possivelmente veremos no filme do Flash que sairá neste ano, mas tudo indica que será a última vez que veremos os personagens criados a partir de Zack Snyder.
E o que esperar do Universo cinematográfico da DC a partir de agora?
Bem, James Gunn e Peter Safran têm totais condições de criar um universo compartilhado conciso e organizado. Gunn, que será a mente criativa por trás dos projetos, já se mostrou um cineasta que sabe muito bem escolher, apresentar e, principalmente, desenvolver personagens em suas histórias. Mesmo que dessa vez o cineasta vá trabalhar com personagens mais populares.
Sendo assim, se esse novo universo for pensado nos mínimos detalhes e com paciência, tem grandes chances da Warner conseguir emplacar de vez os maiores heróis de todos os tempos nos cinemas. Colocando “Superman”, “Mulher-Maravilha”, “Batman” e companhia no lugar que nunca deveriam ter saído na relevância cinematográfica.
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