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Crítica | Estamos todos aqui – Curtaflix
Do dia 8 de abril ao dia 17, o Curtaflix disponibilizou uma série de curtas-metragens. Um dos curtas escolhidos foi Estamos todos aqui (2017), com a curadoria de Luciana Rossi.
De clima tenso, por representar os moradores da Prainha, o curta mostra as desigualdades formadas pelo avanço do capitalismo e como a necessidade do avanço e progresso é opressora.
Estamos todos aqui?
O curta Estamos todos aqui mostra pessoas que sobrevivem à margem da sociedade, contando o drama das famílias da Favela da Prainha, de Guarujá-SP. A Favela da Prainha é uma comunidade na periferia do Guarujá, região litorânea de São Paulo, em processo de reintegração para expansão do Porto que há perto do local.
A personagem principal é Rosa Luz, uma mulher trans que foi expulsa da casa de sua família. Para sobreviver, começa a realizar pequenos trabalhos, chamados como “corres”. Ela inicia a construção de seu barraco perto do mangue, a parte mais carente da favela.
Além de Rosa, há moradores da Favela da Prainha na produção. A direção mistura entrevistas rápidas dessas pessoas ao enredo do curta.
Clima Tenso e o Papel do Povo
A apresentação é pesada, com clima tenso e as personagens (tanto Rosa, quanto os moradores) possuem consciência de que estão à margem da sociedade. Uma das cenas mais fortes do filme é Rosa Luz correndo pela Favela da Prainha, o retrato do desespero de quem pode perder tudo em um piscar de olhos.
A mensagem mais forte é o valor da ação coletiva, a importância da união para um bem maior. Os moradores se unem porque necessitam reivindicar seu direito a moradia.
Por fim, o final de Rosa Luz representa a seguinte mensagem: apenas a luta popular muda a vida de quem está na base e na margem da sociedade.
O curta pode ser conferido na página do Curtaflix!
Ficha técnica:
- Ano: 2017
- Produção: Juliana Soncili Salazar.
- Fotografia: Vinicius Andrade.
- Roteiro: Chico Santos, Rafael Mellim.
- Montagem: Chico Santos, Rafael Mellim.
- Empresa Produtora: Coletivo Bodoque, Kinoosfera Filmes.
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