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EDEN | O que esperar da nova animação da Netflix
Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Eden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado. […] O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Eden para cultivá-lo e guardá-lo. (Gênesis 2: 8; 15)
A referência imediata ao relato bíblico não é arbitrária: EDEN, título da nova animação da Netflix, leva-nos a uma narrativa onde o mundo perfeito é recriado: mil anos após a extinção dos humanos, apenas robôs habitam a Terra, um lugar puro e frutífero. Tudo muda quando os modelos E92 e A37 encontram uma cápsula contendo uma criança e decidem cuidar dela. Temos o plot da primeira temporada da série, que estreia mundialmente nessa quinta, dia 27 de maio.
Produzido e criado por Justin Leach (Ghost in the Shell 2: Innocence e Star Wars: A Guerra dos Clones) e dirigido por Yasuhiro Irie (Fullmetal Alchemist: Brotherhood), a animação ficou a cargo do Qubic Pictures Production em parceria com o CGCG Inc. (responsável pelas animações de Star Wars), com episódios escritos por Kimiko Ueno (Little Witch Academia e Carole e Tuesday).
Com apenas quatro episódios, dá para perceber que EDEN contou com uma equipe de peso em sua elaboração, mas e quanto à história, o que podemos esperar?
Aspectos gerais da animação e do enredo
A narrativa de EDEN não é complexa, na verdade, é bem previsível. O espectador atento e com o mínimo de repertório conseguirá ligar os acontecimentos e desvendar os segredos das personagens, adiantando os fatos seguintes – principalmente caso se atentar para as cenas iniciais da animação.
A história segue sem muitas cenas de ação (mas estas acontecem de forma bem encaixada) e com uma carga dramática muito forte. O que não é problema algum, principalmente se considerarmos o público-alvo (a censura é 10 anos), para quem a animação pode ser bastante agradável.
Importante ressaltar que a série mescla cenários 2D com computação gráfica, usada nos personagens, o que pode não agradar muito àqueles que não estão acostumados, especialmente na representação das expressões, que podem não convencer muito. Entretanto, é um trabalho bem vívido e colorido, além de possuir certa fluidez e uma leveza que casa bem com a história.
Que fim levou a humanidade?
O enredo começa na cidade de Eden 3, uma espécie de grande jardim repleto de macieiras, habitada apenas por robôs. Estes trabalham colhendo as frutas, que serão transformadas em combustível orgânico para a sua manutenção. Enquanto colhem maçãs, E92 e A37 encontram uma cápsula semienterrada próxima a uma árvore. Ao abri-la, deparam-se então com uma criança ruiva chamada Sara Grace, conforme a etiqueta informa.
Após chamá-los de “mamãe” e “papai”, um sistema de reconhecimento de voz humana é ativado nos dois e, agora, eles têm que decidir o que fazer com ela: a priori, E92 deseja entregá-la à segurança, mas A37 é contrária. Interessante perceber que, apesar de não compreenderem as emoções humanas, alguns sentimentos podem ser percebidos neles, como preocupação, cuidado e mesmo algum afeto. Munidos disso, ambos se arriscam para esconder a pequena Sara da guarda de Eden 3.
E quem é Sara Grace?
O desenvolvimento de Sara Grace segue o modelo tradicional de herói/heroína. De infância conturbada, personalidade audaciosa e destemida, a garota precisará exercer toda a sua coragem para sobreviver aos riscos e cumprir o destino que lhe convém: salvar a sua espécie. Levada para longe da cidade, para a sua própria proteção, o distanciamento é necessário para que ela cresça e aprenda mais sobre si mesma, para que assim esteja preparada para enfrentar os desafios futuros, sobretudo Zero, o antagonista, comandante de Eden 3 que deseja eliminá-la.
Sendo humana em um mundo dominado por robôs, Sara terá que conciliar seus questionamentos, dúvidas e anseios ao lidar com as máquinas, que se mostrarão verdadeiros amigas – e não medirão esforços em ajudá-la na sua grande missão.
Porém, é exatamente a sua humanidade o fator necessário para o desenrolar da trama, na qual seguimos juntos da heroína – cujo nome significa “princesa” – em sua descoberta do que aconteceu com os seres humanos, como salvá-los, o que é o Eden e como resolver os demais conflitos que serão apresentados.
Por fim…
Questionamentos do tipo “quem ou o que é a Inteligência Artificial que a convocou?”, “como ela foi parar em uma cápsula?”, “o que houve com seus pais?”, “por que Zero odeia tanto a raça humana?”, entre outros, são desvelados à medida que acompanhamos Sara Grace em sua jornada.
No geral, o espectador pode esperar um bom entretenimento, especialmente se estiver procurando algo leve, sem um roteiro muito mirabolante, e a animação pode ser um bom passatempo para toda a família. Com personagens carismáticos, tanto a protagonista quanto os coadjuvantes, a temporada é bem redondinha na narrativa que propõe, contudo, deixa muitas margens para uma continuação… será que vem aí?
Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida. (Romanos 5:18)
Se você ficou curioso para conhecer essa história por completo, não perca a estreia mundial de EDEN na próxima quinta-feira, dia 27 de maio, na Netflix!
Assista ao trailer:
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