ECOFALANTE PLAY | Lançada plataforma de streaming exclusiva para programa educacional

Mais de 130 filmes de temática socioambiental ficarão disponíveis gratuitamente para uso estritamente educacional! A Ecofalante Play já nasce com centenas de professores e instituições de ensino parceiras e o seu Programa Ecofalante Universidades atende instituições públicas e privadas de ensino médio, técnico e superior de todo o país.

Logomarca da plataforma Ecofalante Play, com o nome em amarelo num fundo roxo. Ao lado, listas verticais em degradê em tons de roxo, rosa e amarelo - Otageek
Logomarca da Ecofalante Play. Reprodução: Ecofalante.

Ecofalante, organização da sociedade civil que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, acaba de lançar sua nova plataforma de streaming, a Ecofalante Play

Totalmente gratuita, a plataforma será exclusiva para professores, educadores e instituições de ensino que desejam utilizar o cinema como ferramenta para discutir questões socioambientais contemporâneas em sala de aula.

O acervo da Ecofalante Play conta com mais de 130 filmes brasileiros e internacionais que abordam temas como emergência climática, consumo, cidades, energia, conservação, economia, trabalho e saúde, entre outros.

As obras são selecionadas a partir da curadoria da Mostra Ecofalante de Cinema, evento que acontece anualmente desde 2012 e é hoje o maior festival de cinema com temática socioambiental realizado na América do Sul, tendo atingido um público de mais de 500 mil pessoas desde sua primeira edição.

Além de organizar a Mostra, a Ecofalante desenvolve projetos de cunho educacional ao longo do ano, exibindo filmes e organizando debates e formações de professores em escolas, universidades e equipamentos culturais. A plataforma Ecofalante Play vem para adaptar essas atividades à nova realidade de distanciamento social e para ampliar e democratizar o acesso aos conteúdos oferecidos pela organização.

Ecofalante Play

Banner da Ecofalante Play em fundo amarelo com informações sobre os serviços da plataforma - Otageek
Banner de divulgação da Ecofalante Play. Reprodução: Ecofalante.

A nova plataforma surge no contexto da pandemia, onde as atividades à distância são priorizadas.

Em 2020, a Mostra Ecofalante de Cinema foi pela primeira vez realizada por streaming e a demanda foi enorme, com a participação de mais de 200 mil pessoas, que assistiram aos filmes e debates em quase 1.800 municípios do Brasil.

Durante o evento, ocorreu uma importante participação das universidades – os professores programaram dezenas de debates a partir dos filmes que eram exibidos na Mostra Ecofalante de Cinema. Essa participação estimulou a criação da plataforma para atender diretamente o setor educacional de todo o país, democratizando ainda mais o acesso aos filmes e ao debate socioambiental. 

Para utilizar a Ecofalante Play, os professores precisarão realizar, na própria plataforma, um cadastro vinculado à sua instituição de ensino, podendo assim ter acesso ao catálogo de filmes e agendar uma sessão.

Destaques

Entre os filmes que estarão disponíveis na nova plataforma, destacam-se produções premiadas em diversos festivais ao redor do mundo e que foram sucesso na edição mais recente da Mostra Ecofalante de Cinema.

Catálogo da plataforma Ecofalante Play com as imagens de alguns filmes disponíveis - Otageek
Catálogo da Plataforma Ecofalante Play. Reprodução: Ecofalante.

No eixo Emergência Climática, a produção francesa que rodou inúmeros festivais internacionais Breakpoint: Uma Outra História do Progresso, dirigida por Jean-Robert Viallet, analisa 200 anos de desenvolvimento para fornecer uma visão alternativa de nossa história do progresso.

A Era das Consequências (EUA) investiga, pelas lentes da Segurança Nacional norte-americana, os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, revelando como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. O filme é assinado por Jared P. Scott, mesmo diretor de A Grande Muralha Verde, documentário produzido por Fernando Meirelles.

Obrigado, Chuva (Noruega/Reino Unido) é assinado por Julia Dahr, eleita pela Forbes como uma das 30 personalidades jovens que estão definindo a mídia mundial. A cineasta acompanha um pequeno agricultor queniano para registrar os impactos das mudanças climáticas e a obra foi selecionada para os festivais IDFA – Amsterdã, CPH:DOX e Hot Docs.

Imagem de um foguete em lançamento da produção francesa Breakpoint - Otageek
Imagem da produção Breakpoint: uma outra história do progresso. Reprodução: Ecofalante Play

O tema Consumo conta com Ladrões do Tempo, uma coprodução Espanha/França dirigida por Cosima Dannoritzer que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. Premiada no United Nations Association Film Festival, a obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana.

Temos ainda o canadense Beleza Tóxica, de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs – um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza; e O Custo do Transporte Global, coprodução entre Espanha e França dirigida pelo vencedor de mais de 30 prêmios internacionais Denis Delestrac, que faz uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação da indústria de transporte oceânico – que movimenta 90% dos bens que consumimos -, assim como os impactos socioambientais ocultos.

Imagem de um relógio analógico pendurado numa estação. Dentro do relógio, a silhueta de um homem - Otageek
Cena de Ladrões do Tempo. Reprodução: Ecofalante Play

Na temática Campo, o filme Os Despossuídos (Canadá/Suíça), dirigido por Mathieu Roy como um misto de cinéma vérité e ensaio audiovisual, promove uma jornada impressionista que nos revela, em uma era de agricultura industrializada, a luta diária da classe camponesa faminta.

Dolores (EUA), de Peter Bratt, ganhou repercussão no Festival de Sundance e premiações em São Francisco e Seattle ao focalizar Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos.

O austríaco Espólio da Terra, de Kurt Langbein, retrata investidores globais tanto em seu discurso sobre economia sustentável e prosperidade quanto em suas contradições: despejos, trabalho escravo e fim dos pequenos proprietários.

Imagem centrada em uma mulher com colar de contas e roupa estampada. Seu rosto coberto de poeira branca - Otageek
Imagem da produção Os Despossuídos. Reprodução: Ecofalante Play.

Já na categoria Povos Tradicionais destaca-se produção brasileira Amazônia Sociedade Anônima, na qual o diretor Estêvão Ciavatta focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta Amazônica.

O documentário Resplendor, de Claudia Nunes e Erico Rassi, ganhou o Prêmio do Público de Melhor Curta na 9ª Mostra Ecofalante ao retratar um capítulo ainda muito obscuro da nossa história: a existência de um centro de detenção indígena, na cidade de Resplendor (MG), chamado Reformatório Krenak.

Martírio, dirigido por Vincent Carelli em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida, busca as origens do genocídio praticado contra os índios Guarani-Kaiowá. A produção foi premiada no Festival de Brasília, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Mar del Plata.

Rosto de uma indígena, com foco em seus olhos, com pintura em vermelho - Otageek
Amazônia Sociedade Anônima. Reprodução: Ecofalante Play.

Programa Ecofalante Universidades

A plataforma Ecofalante Play faz parte do Programa Ecofalante Universidades, criado em 2017 com o objetivo de levar para o ambiente educacional uma seleção de filmes que incitam a reflexão e o debate sobre questões atuais da realidade brasileira e mundial.

O programa atende instituições públicas e privadas de ensino médio, técnico e superior de todo o país. A partir dele, a Ecofalante proporciona às instituições parceiras acesso aos conteúdos audiovisuais, técnicos e educacionais que são utilizados em atividades dos três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Criado para atender inicialmente o estado de São Paulo, a partir de 2021 o programa passa a ter abrangência nacional.

Logo do Programa Ecofalante Universidades com alguns círculos acima do título - Otageek
Logo do Programa Ecofalante Universidades.

Com a ampliação crescente da Mostra Ecofalante de Cinema – que passou de um público de quatro mil pessoas em 2012 para mais de 200 mil em 2020 -, o interesse do setor educacional também se expandiu. O número de exibições seguidas de debates com a participação de especialistas e docentes tornou a Mostra cada vez mais conhecida no setor educacional.

Hoje, a Ecofalante possui Termos de Cooperação Técnica-Educacional com todas as universidades públicas no estado de São Paulo – USP, Unicamp, Unesp, UFABC, Unifesp e UFSCar –  e realiza anualmente centenas de sessões de filmes seguidas de debates em parcerias com dezenas de instituições de ensino no país.

Programa Ecofalante Universidades vem fomentando a realização de Mostras promovidas pelas instituições, exibições de filmes em aulas e encontros técnicos, a criação de disciplinas, cursos, minicursos e projetos de extensão. É viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e tem patrocínio do Valgroup e da Colgate; uma produção da Doc & Outras Coisas e realização da Ecofalante, do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e do Governo Federal.

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