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Documentário “Rua Augusta, 1029” traz debate sobre falta de moradia em São Paulo
“Em São Paulo, na madrugada de 13 de abril de 2015, 6 mil famílias ocuparam 18 prédios sem função social. O ato, ABRIL VERMELHO, serviu para atentar o governo sobre a falta de vontade política para sanar os problemas de habitação.” – Rua Augusta, 1029.
O curta documentário “Rua Augusta, 1029”, produzido pelo diretor Mirrah Lañez da Silva, foi lançado em 2019 e retrata a dura realidade de centenas de famílias que não possuem moradia, em uma cidade tão grande e vasta como São Paulo.
A violência policial ao lidar com as pessoas que ocuparam o prédio, este que não é usado há anos e que não tem função social, choca principalmente diante do fato de que crianças foram atingidas durante o combate com spray de pimenta, entre pessoas que não tinham para onde ir senão para as ruas.
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É possível ver como a violência por parte dos policiais é algo já comum para aquelas famílias, que apenas lidam com a situação como uma forma de expressar a indignação diante da desigualdade social e de uma luta por moradia que não pode parar.
Crianças que crescem em meio a essa guerra particular se acostumam desde cedo com a violência e a brutalidade que ocorrem durante os confrontos. De um lado famílias sem ter um destino para onde ir e de outro o Estado que apenas não quer ter a dor de cabeça de ter que olhar para uma situação que deveria ser de sua responsabilidade.
O curta documentário Rua Augusta, 1029 retrata muito bem a realidade que nós já sabemos que existe no nosso país, mas que ignoramos por se tratar de pessoas que normalmente ficam às margens da sociedade.
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Texto escrito por Beatriz Cintra