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Direção Preta | Mais 9 cineastas negros que precisamos reconhecer
Na matéria Direção preta: 9 motivos que o cinema nacional lhe oferece para refletir sobre a causa preta brasileira, buscamos reforçar a importância do cinema negro brasileiro e dar mais visibilidade e reconhecimento à direção preta que temos. E como prometido, hoje trazemos uma segunda lista, com profissionais fantásticos que muito beneficiam o cinema nacional e merecem todo o nosso reconhecimento e admiração.
1. Karoline Maia
Karoline é diretora, videomaker, fotógrafa e co-fundadora da PUJANÇA, coletivo audiovisual formado por mulheres pretas. Formada em Rádio e TV, a cineasta se inspirou nos longos anos de trabalho de doméstica da mãe, que possivelmente é uma realidade de milhares de mulheres brasileiras, para desenvolver o longa-metragem documental Aqui não Entra Luz (2020), com uma narrativa que evidencia a relação entre a senzala e o quartinho de empregada.
Outras obras:
- Documentário – Por que preciso voltar para a escola? (2020);
- Websérie – Cultura das Bordas (2019);
- Websérie – Nossa História Invisível (2019);
- Documentário – Do Amor à Cura (2019);
- Documentário – Elas abriram o caminho dançando (2019);
- Longa-metragem – Crioula Reinado (2018).
2. Joyce Prado
Diretora Administrativa da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e sócia-fundadora da Oxalá Produções, Joyce Prado é diretora, roteirista e produtora. Ela é formada em comunicação social Rádio e TV pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e especialista em Roteiro Audiovisual pelo Centro Universitário SENAC.
Entre um dos destaques da sua carreira, tem-se o documentário Chico Rei entre Nós (2020), que traz na narrativa o Chico Rei, um rei congolês que foi escravizado. A produção conquistou prêmio do público de Melhor Documentário Brasileiro e Menção Honrosa do Júri da 44ª Mostra Internacional de Cinema.
Outras obras:
- Curta – Fábula de Vó Ita (2016);
- Curta – Okán Mimó: Olhares e Palavras de Afeto (2017);
- Curta-metragem/Terror – Sol (2016);
- Drama/Curta-metragem – Walls Upon Us (2013).
3. Carol Rodrigues
Carol é formada em Ciências Sociais (Unicamp) e Audiovisual (ECA-Usp), e também causou em 2015 o 4-Week Filmmaking da NYFA (New York Film Academy). Além de diretora e roteirista, ela também ministrou cursos, oficinas e palestras no Instituto Querô, no Sesc Consolação, na Vila das Artes de Fortaleza, para o Projeto Empoderadas e também para o PROVE.
Uma de suas obras mais renomadas é o curta Boneca e o Silêncio (2015), que conta a história de uma adolescente a qual decide interromper a gravidez indesejada. A obra marcou presença em vários festivais e conquistou prêmios, como o Prêmio de Melhor Curta-metragem Eleito pelo Público no 6 FESTin – Festival Itinerante de Língua Portuguesa – Lisboa, Portugal (2015).
Outras obras:
- Curta – A Felicidade Delas (2019);
- Curta – Mãe não Chora (2019);
- Série – 3% (Temporada 3 e 4);
- Websérie – Empoderadas (2016 , 2ª temporada).
4. Jessica Queiroz
Formada em cinema pela AIC de São Paulo e com especialização em edição realizada no Instituto Criar, Jessica, além de diretora, é publicitária e já dirigiu campanhas para Avon, Bradesco e Volkswagen.
O seu curta-metragem Peripatético (2017) conquistou o troféu candango de Melhor Roteiro (Ananda Radhika) e Prêmio Especial no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A narrativa conta a história de 3 jovens da periferia que estão buscando definir seus caminhos…
Outras obras:
- Documentário – Vidas de Carolina (2014)
- Curta – Número e Série (2015)
- Curta-metragem/Documentário – Catarina Delfino (2016)
5. Larissa Fulana de Tal
Larissa Santos de Andrade, conhecida pela pelo nome artístico Larissa Fulana de Tal, atua na área de criação, montagem e direção, é formada em cinema pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e também faz parte do coletivo Tela Preta, que tem como objetivo difundir os profissionais e o cinema negro baiano. Algumas de suas obras é o curta Cinzas (2015) e o documentário Lápis de Cor (2014), este último trazendo retratos do racismo no mundo infantil.
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6. Viviane Ferreira
Cineasta e advogada, Viviane é a fundadora da Odun Filmes e da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e foi eleita Presidente do Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar 2021 da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Um dos destaque de sua carreira é o curta “Um Dia com Jerusa” (2014), que deu vida ao longa homônimo (2020).
Outras obras:
- Curta documentário – Dê Sua Ideia, Debata (2008);
- Curta documentário – XIII Marcha Noturna(2009);
- Curta documentário – Festa da Mãe Negra (2009);
- Curta experimental – Mumbi7Cenas pós Burkina (2010);
- Curta documentário – Peregrinação (2014);
- Curta ficcional – O Som do Silêncio (2017);
7. André Novais Oliveira
Mineiro, diretor, produtor, roteirista, formado em história pela PUC-Minas e em cinema pela Escola Livre de Cinema, André é um dos fundadores da Filmes de Plástico, produtora audiovisual de Contagem (MG), criada em 2009 juntamente com Gabriel e Maurílio Martins (sem parentesco) e Thiago Macêdo Correia.
Dentre as suas produções, temos o curta Pouco mais de um mês (2012), que conquistou Menção Especial l Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2012 e a Menção Especial l IndieLisboa 2012.
Outras obras:
- Filme – Temporada (2018);
- Filme – Ela volta na quinta (2014);
- Curta – Fantasmas (2010);
- Curta-metragem – Uma homenagem a Aluízio Neto (2004).
8. Gabriel Martins
Conhecido como Gabito no universo cinematográfico, Gabriel Martins é de Contagem-MG e estudou Vídeo e Fotografia no Centro Universitário UNA. Dentre um dos destaques de sua carreira, temos o longa-metragem No coração do mundo (2019), o qual dirigiu juntamente com Maurílio Martins. O filme marcou presença em festivais como International Film Festival Rotterdam – Holanda, 16º IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema – Portugal e Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo – Brasil.
Outras obras:
- Filme – Entre Nós Talvez Estejam Multidões (2020);
- Filme experimental – Vaga Carne (2019);
- Curta-metragem – Plano Controle (2018);
- Longa-metragem – O Nó do Diabo (2016);
- Longa-metragem – A Cidade do Futuro (2015).
9. Priscila F Pascoal
Priscila é fotógrafa, videomaker, documentarista, cineasta e rapper, e ao longo de sua trajetória tem buscado resgatar as origens da cultura negra e indígena. Especialista em Cultura e História Afro-brasileira e Africana pela UFG, Priscila tem como uma de suas primeiras obras o documentário Pretas no Hip Hop (2017), que marcou presença no Festival Latinidades de Brasília (DF) e no Festival Brasil, África, Caribe Zózimo Bulbul.
Como pode ver, novamente, muitas dessas obras são reconhecidas internacionalmente, participaram de festivais e foram premiadas. Isso reforça ainda mais o grande talento e capacidade da direção preta brasileira, tornando ainda mais agravante a pouca credibilidade e reconhecimento que damos a essas produções.
E agora, ao fim da leitura, gostaríamos de fazer novamente algumas provocações:
- Quais desses cineastas você conhecia?
- Quais dessas obras você ao menos ouviu falar? Em qual contexto?
- Quantas dessas produções você já chegou a assistir?
- Caso tenha se interessado por algum desses diretores, pesquise sobre ele no Google e avalie quantas informações você irá encontrar.
- O quanto de fato a mídia valoriza a direção preta brasileira?
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