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Crítica | A navalha do avô – Curtaflix
O curta representa os laços de carinho entre um avô e seu neto e um objeto que os une, a navalha. Na vinda da velhice e com a possibilidade iminente da morte, há momentos em que apenas o impacto do silêncio mostra como essa relação é dada.
Parte um: início de tudo
Primeiro, observamos a rotina de Bruno com seu avô. O jovem é responsável por fazer companhia para o casal de idosos, ajudando-os nas tarefas de casa e os entretendo.
Mas o desinteresse do garoto nos afazeres de seu avô é notório, e esse sentimento dá lugar para outras emoções. Em um primeiro momento, Bruno não parece interessado em tirar a barba.
Como é notório no título, a navalha é o objeto que tem um papel importante nessa relação. É o neto que leva o avô ao barbeiro e, para evitar acidentes, Bruno começa a fazer a barba para ele.
Parte dois: meio
Agora, ao mesmo tempo em que o carinho entre avô e neto cresce, a saúde do idoso começa a piorar. De forma muito delicada e sucinta, observamos o senhor piorando aos poucos.
Bruno começa a se identificar com seu velho, e conforme o tempo passa no filme, a barba do neto cresce. O rapaz aprende a fazer a barba, mesmo não a fazendo.
É nessa parte que a navalha do avô aparece pela primeira vez.
Parte três: final
Após a perda, Bruno mostra a melancolia da falta de um ente querido. Não de forma extrema, ligada aos vícios, mas de forma delicada, real: a navalha de seu avô o acompanha e ele não deixa mais a barba crescer.
Mesmo sendo um filme curto, A navalha do avô possui sentimentos reais. Há elementos muito cotidianos da maioria do seu público: o cheiro quente do café da tarde na casa dos avôs, os almoços de domingo em família…
Delicado e Melancólico
A navalha do avô lembra os bons momentos na casa dos avós e, mesmo tratando do tema da morte, isso não o torna pesado. É delicado e um pouco melancólico.
Consigo sentir o cheiro do bolo quentinho, aquele bem de vó, enquanto relembro o curta.
A navalha do avô pode ser conferido no site do Curtaflix!
Ficha técnica:
Produção: Angelo Ravazi.
Fotografia: Otavio Pupo.
Edição: Pedro Jorge.
Empresa(s) produtora(s): Confeitaria de Cinema, Massa Real.
Ano: 2014.
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