Crítica | What if…? “E Se O T’Challa Fosse o Senhor das Estrelas?”

O segundo episódio de What If não deixa nada a desejar e temo dizer que ele é melhor que o primeiro. Se você não quer spoilers, pule na dobra temporal mais próxima e só leia este artigo após assistir.

O segundo episódio de What If (O Que Aconteceria Se…) chegou para os marvetes que estavam com água na boca e até para os DCnautas mais carrancudos. Poderíamos dizer que a Disney fez bem para a Marvel, pois emprestou um pouco de seu fair play, que se coaduna perfeitamente com o humor do MCU

Close do rosto de T'Challa como Star-Lord em o que aconteceria se... what if

Assim como Loki é um spin off do Marvel Cinematic Universe, What If se apresenta bem diferente de suas versões em quadrinhos, pois não só aproveita os personagens do MCU (inclusive o semblante dos atores que deram vida aos personagens), como cria histórias totalmente novas e não apenas algo como “O que aconteceria se fulano matasse beltranoO que aconteceria se fulana não tivesse morrido…”.

A animação tece uma rede de histórias, realocando personagens, colocando-os em papéis de outros, muitas vezes relegando alguns a segundo plano e trazendo à tona outros secundários; ou mesmo delegando funções maiores ou menores a alguns determinados, como visto no primeiro episódio.

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Drax abraça T'Challa para uma foto em o que aconteceria se... what if

O humor presente nas falas de Tony Stark desde que estreou em seu filme (Homem de Ferro) em 2008 está presente em todo o segundo episódio, mas sem tornar a coisa um pastelão. Todos os personagens e a própria trama em si têm seus momentos pândegos, sobrando para Korath, o Perseguidor (vivido por Djimon Hounson) o papel de alívio cômico, sendo o puxa-saco de T’Challa, que, como o próprio título do episódio indica, é o Senhor das Estrelas em vez de Peter Quill.

T'Challa conta aos outros do grupo que "Às vezes, a melhor arma no nosso arsenal é só um bom argumento."

Ao contrário do umbigocêntrico Quill, T’Challa dá uma “moralizada” nos Guardiões da Galáxia (que não existem no episódio, ao menos, não com esse nome), o que dá a entender que ouviu direitinho as lições de seu pai, T’Challa, rei de Wakanda. Ou talvez isso já seja um traço inerente à personalidade do príncipe, já que foi abduzido muito cedo, ainda criança. Até Thanos se redimiu e admite em uma de suas falas: “Mas quando eu endireitei…”  

Close do rosto de Thanos afirmando que se enireitou após o argumento convincente de T'Challa e desistiu de seus intentos despóticos.

Isso mesmo! Thanos, assim como Kraglin e Taserface, fazem parte do esquadrão intergaláctico. E o déspota púrpura nem sequer chegou a concluir seu plano de extermínio universal, embora ainda admita que seria eficaz. O rei de Wakanda não chegou a ser vítima no atentado que tirou sua vida na linha temporal original e o Colecionador possui um extenso arsenal, dando a entender que sacudiu os Vingadores, sobrando até pra Hela e Korg, segundo o Colecionador “(…) um kroniano terrivelmente tagarela.”. 

Colecionador ostenta a coroa de Hela dizendo que mulher tinha muito bom gosto, suscitando a ideia de que a matou ou ao menos de que ela morreu em what if

Da mesma forma que a animação Batman: O Longo Dia das Bruxas, em seu primeiro episódio, presta uma homenagem à dubladora Naya Rivera, que faleceu em um afogamento, o segundo episódio de What If é um tributo a Chadwick Boseman, já que tanto seu semblante está presente quanto sua voz. As falas foram gravadas antes de seu falecimento devido ao câncer de cólon e o episódio presta uma homenagem ao ator.

Dedicatória, ao final da animação o que aconteceria se... what if ao falecido ator: Dedicado ao nosso amigo, nossa inspiração, e nosso herói, Chadwick Boseman.

Uma pena que ele não esteja mais entre nós pra ver o resultado de seu trabalho. O que aconteceria se Chadwick Boseman não tivesse morrido? Talvez ele esteja vivo em alguma outra linha temporal e protagonize o segundo filme do personagem Pantera Negra. Wakanda Forever!

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Claudio Siqueira
Claudio Siqueira

Escritor, poeta, Bacharel em Jornalismo e habitante da Zona Quase-Sul. Escreve ao som de bits e póings, drinkando e smokando entre os parágrafos. Pesquisador de etimologia e religião comparada, se alfabetizou com HQs. Considera os personagens de quadrinhos, games e animações como os panteões atuais; ou ao menos, arquétipos repaginados.

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