Crítica | Um beijo para Sofia - Curtaflix

O curta-metragem Um beijo para Sofia, dirigido por Calleb Jangrossi, mostra as dificuldades enfrentadas por Sofia, uma criança soropositiva.

O filme mostra a infância como ela é, cheia de brincadeiras, primeiros “crushes”, muita imaginação e inocência. A narração é lenta e pouco a pouco vamos conhecendo mais sobre a realidade de Sofia, que conta com o apoio de sua mãe, Claudia, para driblar todas as adversidades.

Sofia e sua mãe, Claudia, no curta-metragem Um beijo para Sofia. Otageek — Sofia e sua mãe, Claudia.

Um beijo para Sofia aborda o assunto com muita sensibilidade e seriedade, denunciando um lado horrível da nossa sociedade ao expor o despreparo de alguns profissionais ao lidar com pessoas soro-diferentes e o estigma sofrido por portadores do vírus HIV. Ao mesmo tempo, ele mostra a dualidade do mundo, pois mesmo que existam pessoas intolerantes e preconceituosas, também existem as bem-informadas, que estão aqui para dar suporte a quem precisa.

Em Um beijo para Sofia, o audiovisual cumpre sua missão de abrir os olhos do espectador e de promover a reflexão sobre assuntos que ainda são considerados tabus.

É importante salientar que nos dias de hoje o vírus HIV é tratável e, se feito corretamente, esse tratamento consegue reduzir a sua carga viral e a torna indetectável, ou seja, você não corre o risco de desenvolver AIDS e não transmite o vírus. Além disso, aqui no Brasil, os remédios utilizados no tratamento são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Cartaz oficial de Um beijo para Sofia. Otageek — Cartaz oficial de Um beijo para Sofia.

O filme faz parte da sessão “Curtas com olhares de mulheres sobre relacionamentos e descobertas” e é de curadoria de Mariana Maurer, juntamente com as sessões “Curtas que refletem sobre corpos diversos” e “Curtas entre a imaginação e o mundo real para crianças”.