Crítica | The Painter and the Thief – MUBI

Benjamin Ree registra em seu documentário “The Painter and the Thief” a poética história de um roubo, ponto inicial de uma relação de cumplicidade entre a artista e o ladrão.

Barbora Kysilkova e Karl-Bertil Nordland posando lado a lado no estúdio de Barbora para o documentário The Painter and the Thief.

Num período de aproximadamente quatro anos, acompanhamos as vidas de Barbora Kysilkova, uma jovem e promissora artista, e Karl-Bertil Nordland, na época vivendo às margens da sociedade, viciado, envolvido com tráfico de drogas e pequenos furtos.

Eles se conhecem em Oslo, Noruega, no julgamento de Karl, após ele, juntamente com outro homem, roubar os dois quadros mais famosos de Barbora em uma exposição. Mas ao invés de ter uma reação amarga, a jovem decide resignificar a perda de suas obras, pedindo para que Bertil servisse de modelo para uma de suas pinturas depois que cumprisse sua pena.

Mal sabiam eles que, após isso, Karl se tornaria uma espécie de musa inspiradora para a artista, protagonizando diversos outros quadros dela. O documentário oscila entre o ponto de vista de Barbora e o ponto de vista de Karl. Através de seus olhares sobre si mesmos e um sobre o outro, os conhecemos intimamente.

E existe uma beleza, uma poesia quase melancólicas nesses olhares e em como buscam um ao outro como fonte de inspiração e suporte. É fascinante observar como eles se conectam, descobrir mais camadas de suas personalidades e suas origens, além de presenciar o percurso que fazem nesse breve período de suas vidas e a relação profunda que criam entre si.

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O filme, inicialmente, seria um webcurta de dez minutos, mas após a impactante cena de Karl-Bertil chorando ao ver o primeiro retrato que Barbora fez dele, o diretor Benjamin Ree decidiu que queria expandir o projeto.

Ree tem uma abordagem diferente do que se costuma ver em documentários tradicionais, visto que “The Painter and the Thief” não possui entrevistas. Esse fator, em conjunto com a história fantástica do filme, dão um ar quase ficcional para a obra.

Você pode assistir a uma entrevista com o diretor no vídeo abaixo:

Infelizmente, o vídeo ainda não possui legenda em português.

O filme tem um tom lento e reflexivo e com certeza vai te deixar pensando sobre a vida, suas reviravoltas e as relações humanas. Uma absoluta obra de arte, derivada da observação de tantas outras.

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Luna | A Patroa da Redação
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