Crítica | Quadrinho 'Entrequadros N°1' na Poc Con 2021

Entrequadros n°1 narra de forma antológica histórias que transitam entre relações humanas até críticas à sociedade de forma sutil e fácil de compreender.

A primeira história conta sobre a Morte (a tradicional mesmo), que se apronta para um encontro, vai até uma loja, escolhe uma roupa e se maquia.

Ela então se encontra com um anjo e eles viajam até o céu. Mas um avião passa pelos dois e acaba destruindo a maquiagem e a roupa da Morte. Assim, ela diz que é feia e nenhuma maquiagem consegue esconder isso.

Isso é uma leve crítica a como as pessoas se escondem atrás de filtros e maquiagens para se sentirem bonitas.

A segunda é uma história de amor entre duas pessoas que acabaram se separando. Ele é fotógrafo e está indo encontrá-la, enquanto ela conta a história dos dois até o reencontro esperado.

Já a terceira história, que para mim é a melhor, conta sobre Pedro, um vira-lata de origem humilde que, de tanto apanhar da vida, decide então ingressar no Instituto Manuel e se tornar um super-herói para poder ajudar pessoas como ele. Mas a caminhada não é fácil.

Essa história é a que mais pesa em críticas, pois critica diretamente a falta de oportunidade no mercado de trabalho, a jornada escassa e as dificuldades de uma pessoa humilde para conseguir ingressar em uma universidade.

Trecho da terceira história de ‘Entrequadros Nº 1’.

As duas últimas histórias são tirinhas curtas, que falam sobre Deus e o ateísmo, além da falta de apoio familiar na escolha de uma profissão. São histórias tocantes e engraçadas, que me fizeram divertir bastante lendo.

Gostou das narrativas? Você pode lê-las por completo no site da Gibiteca Digital, assim como outros títulos que fazem parte da Poc Con 2021.

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