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Crítica | “Os Guardiões do Tempo” em uma aventura mágica – Cinefantasy
O longa russo Os Guardiões do Tempo faz parte de uma série de filmes, curtas e documentários que se encontra disponível na plataforma Belas Artes à La Carte. O evento, que ocorre até o dia 29 de abril, faz parte do circuito CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico, que está na sua 11ª edição.
Os Guardiões do Tempo é dirigido por Alexey Telnov e escrito por ele próprio em parceria com Alexey Teplygin. Com uma abordagem “mágica” que mescla suspense, comédia e aventura, o longa tem uma história direcionada ao público infantil, mas eu não recomendaria deixá-los sozinhos nesta sessão.
Muito pelo fato de ter momentos um pouco assustadores para os pequenos e também por se tratar de uma narrativa um pouco confusa, que de vez em quando terá a necessidade de uma breve explicação para as crianças.
Sinopse
Ambientada na clássica São Petersburgo, a jovem Ksyusha, após sofrer um grave acidente, precisa superar seus medos e combater o mal junto de seu amigo mágico Paramon na Cidade das Trevas. Lá, os dois vão enfrentar bruxas, zumbis e todo tipo de monstros, em busca de encontrar a Chave do Tempo, fazer o relógio da cidade voltar a rodar e, assim, restaurar todo o universo.
Os Guardiões do Tempo é bom?
Primeiramente, é bom entender que esse filme tem uma estética diferente do que estamos acostumados a ver em obras do gênero. Digo isso pois, em Os Guardiões do Tempo, há um certo exagero por parte das atuações, brincadeiras com vários gêneros dos cinemas e também se trata de um projeto de um país que não exploramos tanto assim aqui no Brasil.
Porém, entendendo o público-alvo e os temas que essa obra se propôs a trazer, Telnov consegue muito bem explorar esse mundo “mágico”, com momentos esperançosos ao mesmo tempo em que traz inúmeras criaturas assustadoras.
Há alguns pontos extremamente interessantes em relação ao projeto. Temas como autoconfiança, esperança, valentia, enfrentar seus medos e amor à família são bem explorados na história.
O design de produção é interessante, seja em “takes” mais abertos, explorando toda a cidade noturna, ou até mesmo em pequenos cômodos, dando um “ar” místico, assustador e de perigo às cenas. Junto de uma fotografia bem gótica, o longa dá autenticidade a esse mundo, com seus tons frios, mas com algumas cores presentes, como o amarelo e o azul.
Além disso – mesmo que no início tive um certo estranhamento – as maquiagens caem bem com a proposta do filme: são simples, pouco inspiradas e com aquele tom de “fake”, mas acabam fazendo todo sentido com a ideia e tom desse filme.
Em relação à sua trama e toda a narrativa, Alexey Telnov e Alexey Teplygin acabam deixando um pouco a desejar. Digo isso pois, quando ela embarca no místico e em sua fantasia, a história chega a ficar um pouco confusa. E sabendo do público que esse projeto pretendeu atingir, esses problemas poderão atrapalhar a experiência não só dos adultos, mas principalmente das crianças.
No mais, Os Guardiões do Tempo, mesmo com uma trama meio bagunçada, entrega uma história fantasiosa e mágica, que sim, poderá assustar os mais jovens, mas que também despertará o interesse para aqueles que gostam de um certo exagero de um mundo completamente místico.
Veja o trailer:
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