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Crítica | ‘Não Se Preocupe, Querida’ é mais interessante fora das telas do que na própria história
Novo longa de Olivia Wilde, diretora de Booksmart, tenta te prender dentro de um mistério que não se sustenta, mas conta com bons atores e o Harry Styles. “Não Se Preocupe, Querida” é ambientado nos anos 50, quando vários casais vivem em uma cidade pacata, onde todos os dias os homens saem para trabalhar e as mulheres ficam cuidando de casa e saindo juntas, até que começam a surgir questionamentos sobre o que estão fazendo na empresa.
O grande problema desse filme é que ele é construído em volta de um mistério que não entrega o que está prometendo, além de ser óbvio, principalmente a partir da metade do filme. Então, quando forem fazer filmes nesse estilo, é importante uma boa construção e personagens interessantes com boas relações entre eles.
Com exceção da personagem da Florence Pugh, ninguém parece ser interessante ou entrega boas cenas, além do básico. Parece que ninguém está se esforçando para atuar, principalmente o Harry Styles. Porque mesmo fazendo o mínimo, os outros atores ainda parecem estar em grande vantagem em comparação com o cantor.
Mas a Florence Pugh entrega tudo e mais um pouco, conseguimos entender tudo o que ela está sentindo, mesmo sem precisar falar nada. Mas, de novo, o esforço dela não vale a pena comparado ao resto.
Porém, nem só de bons personagens vive um filme, mesmo que esse só tenha um interessante, a história também deixa muito a desejar, seja com o mistério ou até mesmo a grande revelação do final.
O filme foi vendido como algo que exploraria o prazer feminino e promete ser feminista, mas parece que é a visão de um homem de 40 anos sobre o feminismo. Vemos mais uma história com mulheres sendo oprimidas e precisando obedecer à vontade dos homens.
Mesmo com possibilidades de explorar algumas coisas interessantes, como o voyeurismo, tocam no assunto, mas depois esquecem que aconteceu e fica por isso mesmo, tudo é muito superficial.
O trabalho da Olivia Wilde na direção é bem decente, apesar de Booksmart ser melhor, aqui ela consegue encontrar um jeito de transmitir as angústias da protagonista, mas ainda assim é mais por mérito da Florence Pugh do que da direção.
Ela disse em uma entrevista que, se um filme for ruim, a culpa é do diretor, e talvez isso seja verdade nesse caso, porque, além de dirigir, ela decidiu atuar no longa no meio da produção, originalmente ela não tinha um papel, e também pediu para que o roteiro fosse reescrito, mesmo que ninguém achasse que isso fosse preciso.
‘Não Se Preocupe, Querida’ é um filme interessante de se assistir, principalmente pela curiosidade de como ficou, mas a melhor parte são as coisas que aconteceram nos bastidores, espero que um dia lancem o documentário sobre o produção desse filme.
O longa chega nos cinemas brasileiros no dia 22 de setembro.
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