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Crítica | Justiça em Família: aposta da Netflix com Jason Momoa
Lá em 2019, o astro Jason Momoa anunciou que iria estrelar outro projeto da Netflix. Justiça em Família – um dos grandes filmes prometidos para o mês de agosto – chegou ao catálogo da plataforma, com muita ação e suspense e uma reviravolta um tanto quanto inusitada.
Além de Momoa, o longa é estrelado pela atriz Isabela Merced. A direção ficou por conta do amigo e parceiro do ator, Brian Andrew Mendoza, já o roteiro foi assinado por Philip Eisner, Gregg Hurwitz e Will Staples.
Do que se trata Justiça em Família?
Após perder a sua esposa em decorrência de um câncer, Ray (Jason Momoa) parte para uma vingança contra a empresa farmacêutica que poderia ter ajudado a salvá-la. Não sabendo ao que levaria esses atos, Ray coloca não só a sua vida em risco, mas também a da sua filha Rachel (Isabela Merced). Agora, juntos, vão buscar sobreviver a qualquer custo.
Bem, lendo a sinopse, fica claro que essa história não se trata de nenhum projeto inovador ou algo próximo disso. Justiça em Família é um daqueles filmes que pincelam o drama familiar e a temática e exploram unicamente os seus momentos de combate.
Mesmo assim, em seus primeiros minutos, fica nítido o esforço de Jason Momoa para trazer algo a mais ao seu personagem e a boa intenção que o filme coloca. Deparamo-nos com o até então “brucutu” da DC tentando esconder as lágrimas enquanto anda pelos corredores de um hospital, até de fato aceitar a dor e deixar seu lado mais sensível transpor a tela.
Contudo, a estreia na direção de Mendoza fez com que esses momentos dramáticos fossem bastante prejudicados. O diretor até sabe como começar esses momentos, mas claramente ainda não sabe quando terminá-los.
E essa questão vale não só para os momentos dramáticos. Embora a temática que cerca a história e motiva os personagens seja interessante e compreensível, o seu desenvolvimento e a inclusão de duas ou três pessoas envolvidas nessa indústria farmacêutica, que busca lucro ao invés de salvar vidas, acaba sendo totalmente superficial e um tanto quanto desorganizada.
E Jason Momoa?
Bons momentos são construídos nas cenas de ação. Mesmo que não vejamos o rosto de Jason Momoa em boa parte delas – ficando nítido o dublê em cena – as lutas têm o senso de urgência crucial para esses momentos e boas ideias de combate. E por não parecerem coreografadas, acabam passando um “ar” de naturalidade, como se fossem dois caras saindo na porrada por algum motivo qualquer.
Falando em Jason Momoa, há até uma tentativa de sair um pouco da sua zona de conforto nesse papel. Todavia, visto que o astro teria um pouco mais de liberdade e menos peso para essa interpretação – pela direção ter vindo de um grande amigo – confesso que esperava um pouco mais dele. Mas o ator entrega um bom personagem, ainda mais quando o seu papel é proteger uma jovem garota.
Já a intérprete da jovem garota, Isabela Merced, consegue trazer duas ideias interessantes ao seu personagem. Vendo a necessidade disso ocorrer, em decorrência do plot twist na história, a atriz convence e entrega momentos bacanas também em suas cenas de ação.
No mais, Justiça em Família está longe de ser um grande blockbuster a estrear no catálogo da Netflix. Caso esteja na expectativa de assistir uma produção aos moldes de John Wick ou até mesmo Resgate – um original da plataforma – com toda certeza você vai se decepcionar. Mas se for acompanhar essa história apenas como um projeto semanal incluso no extenso catálogo da Netflix, você terá um bom entretenimento em tela.
Veja o trailer:
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