Crítica | Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Eis que uma das franquias mais populares e que soube adaptar de forma magnífica os livros homônimos de Suzanne Collins, voltou às telonas! Com o retorno de Francis Lawrence na direção e sendo protagonizada por Tom Blyth e Rachel Zegler, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes acaba sendo uma ótima adição a saga, revelando ao mundo a juventude do futuro Presidente Snow

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Baseado também no romance da escritora, livro homônimo lançado em 2020, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes reflete muito bem a época da história. Ou seja, agora estamos diante da 10ª edição dos jogos (64 anos antes da edição da trilogia original), onde não há popularidade, glamour e muito menos a vontade de alguns de participar daquele massacre. 

Isso já se torna muito interessante, pois, além da época, agora temos uma perspectiva totalmente diferente dos jogos, nos quais os participantes são tratados como animais e os jogos não são de interesse da população, levando-os à beira de serem cancelados, caso algo não mude. 

Daí que entra o protagonista da vez! Coriolanus Snow (Tom Blyth), um jovem de boas notas escolares e que sonha com uma carreira de sucesso, acaba sendo designado a ser o mentor de Lucy Gray (Rachel Zegler), a garota do Distrito 12 selecionada para a competição.

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes. Tom Blyth como Snow.
Tom Blyth como Coloriolanus Snow

Bem, de fato o desenvolvimento de Coriolanus Snow até o temido Presidente Snow é impecável. A trama não economiza tempo em nos deixar acompanhar passo a passo os acontecimentos que levarão o jovem a se transformar naquele temido personagem e mais, ela nos coloca brilhantemente em sua mente. Há o entendimento de quem ele é, quem ele se mostra ser e onde ele quer chegar e, mesmo assim, o roteiro não se perde em deixar claro tudo isso. Pois, quando de fato essa transformação ocorre, acaba sendo totalmente lógico a personalidade que vimos dele na trilogia original. 

Lucy Gray foi uma escolha perfeita! Temos uma ótima interpretação da Rachel Zegler, e uma personagem que se difere completamente da Katniss Everdeen. Esse ponto acho interessante, pois, além de não haver qualquer comparação, temos uma personagem nova, que possui seus próprios desejos e lutas, que enriquecem não só a sua personagem, mas toda a própria saga de filmes. 

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes. Rachel Zegler como Lucy Gray.
Rachel Zegler como Lucy Gray

Em resumo, Lucy Gray é uma artista, manipuladora e popular no seu Distrito, que se encontra na obrigação de lutar para sobreviver. Já Everdeen após lutar a vida inteira para sobreviver, foi aos poucos se tornando um fenômeno, mesmo que esse nunca tenha sido o seu desejo de fato. 

Viola Davis como Dr. Volumnia Gaul e Peter Dinklage como Casca Highbottom dão um show à parte, com uma presença absurda em tela. A adição de ambos na adaptação acaba sendo gratificante visto não só o talento, mas a dedicação que se mostraram ter em cada cena. E Hunter Schafer esbanja doçura e aconchego na versão jovem da Tigris

O longa consegue traduzir visualmente esse passado do universo da saga, explorando bem alguns cenários e ideias visuais que combinam com o que já estávamos acostumados a ver na trilogia original. Há boas sequências de ação, sejam elas grandiosas ou de uma escala menor. As  referências a trilogia original são certeiras, seja pela trilha sonora ou em momentos específicos vindo dos personagens.  

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes acaba sendo um passeio muito bem avindo pelo passado da saga, onde conseguem enriquecer um personagem até então cinza, trazem elementos novos em relação aos jogos, trabalham muito bem com o aspecto visual daquele tempo e, por nenhum momento se escoram na saga original.

Veja o trailer:

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes já se encontra em exibição nos cinemas.

Leia também:

Crítica | Beckham: o gol que o Pelé nunca fez!

Crítica | Operação Lioness: série é um deleite para fãs do gênero

E se você gostou do nosso conteúdo, apoie-nos através das nossas redes sociais e acompanhe nosso podcast

Facebook RSS Youtube Spotify Twitch


Receba conteúdos exclusivos!

Garantimos que você não irá receber spam!

Compartilhe essa matéria!
Lucas Almeida
Lucas Almeida
Artigos: 304
Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários