Crítica Final sem Spoiler | Ragnarok 2ª Temporada – Netflix

No dia 27 de maio chegou na Netflix a segunda temporada de Ragnarok. A série vem misturando a vida norueguesa do século XXI com a mitologia nórdica, acompanhando os adolescentes da pequena cidade de Edda, que de repente se veem no meio do próprio Ragnarok.

Antes de continuarmos, vale lembrar que já fizemos a crítica referente aos três primeiros episódios aqui no site. Então, se você ainda não viu, é só clicar aqui para conferir! A seguir, iremos focar nos últimos três episódios da temporada, que tem seis no total, e na série como um todo.

Magne arremessando um martelo - imagem do trailer - Crítica da 2ª temporada de Ragnarok - OtaGeek
Fonte: Netflix.

Reta Final da Segunda Temporada

Os três primeiros episódios se preocupam em responder algumas questões deixadas pela temporada anterior. Além disso, também focam mais nas tramas que envolvem a mitologia nórdica, afinal, agora somos apresentados a outros deuses. Sendo assim, a trama deixa um pouco de lado a vida cotidiana de Edda.

O enredo vinha nos dando a impressão de que tudo se encaminhava para uma conclusão. Porém, apesar de não inserir mais aspectos novos, a segunda metade da temporada possui um ponto de virada decisivo, tanto para o desenrolar da trama quanto para o desenvolvimento dos personagens. Isso nos rende mais enredo e história o suficiente para uma possível renovação.

Portanto, na segunda metade da temporada, a série também volta a dar mais atenção para os habitantes de Edda e seus problemas comuns. E continua fazendo um bom trabalho ao retratar isso, entregando personagens com os quais podemos nos identificar e nos ver em seus lugares. Ou seja, personagens reais que encontramos no mundo real.

Iman conversando com Magne
Fonte: Netflix.

Magne, Laurits e a família Jutul

A maioria dos personagens são indivíduos previsíveis, pois conseguimos compreender suas ações e imaginar o que está por vir. Inclusive o protagonista, que se mantém fiel ao seu histórico da primeira temporada. A jornada de Magne continua sendo desenvolvida, e a série acertadamente leva seu tempo para que ele passe por todo o processo de aceitação e compreensão de sua nova realidade.

Entretanto, Ragnarok também apresenta alguns personagens mais complexos, como os integrantes da família Jutul, que passam, um por um, por suas próprias batalhas pessoais. Dessa forma, podemos conhecer melhor cada um deles e como eles se sentem em relação a si mesmos e ao peso do sobrenome Jutul. Em especial Saxa, que nos permite desenvolver uma visão completamente nova de si, sendo até mesmo ela a inserir questões feministas na equação.

Saxa sentada à mesa das indústrias Jutul - Crítica da 2ª temporada de Ragnarok - OtaGeek
Fonte: Netflix.

Em seguida, temos outro personagem de muitas camadas, Laurits, que desde os primeiros episódios da temporada vem ganhando cada vez mais espaço na trama e nos conquistando mais e mais. Acompanhamos o personagem sendo inserido em um mundo pelo qual não esperava e não somos capazes de prever qual será sua próxima ação. Porém, como tudo no enredo é coerente, após suas ações e decisões, é sempre possível entender o porquê de Laurits ter agido ou decidido assim.

Aquecimento global ou o próprio Ragnarok?

Quem vai acabar com o planeta primeiro? O aquecimento global ou o Ragnarok? Spoiler: os dois são causados por gigantes.

Algo que a série vem fazendo desde a primeira temporada e continua a fazer de uma forma positiva é juntar a questão ambiental com os problemas mitológicos. Sendo assim, as duas tramas se entrelaçam com muita sincronia, os acontecimentos e consequências fazem sentido e conseguem levar a série para frente sem se embolar. Ou seja, ela não gera situações desnecessárias nem abandona as situações criadas.

Imagem do trailer que revela a poluição em Edda - Crítica da 2ª temporada de Ragnarok - OtaGeek
Fonte: Netflix.

Portanto, essa mistura de arcos colabora para o modo positivo através do qual Ragnarok mistura a atualidade com a antiguidade. Como já dito, a série é esperta ao colocar os antigos inimigos dos deuses como os atuais inimigos do planeta. E destaque para a cena em que Magne anda por uma caverna que foi construída há séculos, em busca de algo mitológico, segurando dois iPhones como lanterna. Essa cena é a perfeita representação disso.

Por fim, a Netflix consegue entregar mais uma temporada satisfatória para os fãs de Ragnarok, com uma cena final quase tão marcante quanto a da temporada anterior. Até agora não há notícias sobre uma continuação, mas com certeza tem assunto e queremos continuar assistindo essa história.

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Nathalia Mendes
Nathalia Mendes
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