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Crítica | Exterminador: Cavaleiros e Dragões
O longa-metragem baseado na série animada de mesmo nome, Exterminador: Cavaleiros e Dragões, entra para a lista de grandes animações da DC Entertainment.
Há algum tempo Slade Wilson, ou melhor, Exterminador, vem pedindo uma atenção exclusiva por parte da DC. Embora já o tenhamos presenciado em algumas produções animadas ou live-action (Arrow, Os jovens titãs, na cena pós créditos de Liga da justiça e mais recente na série dos Titãs), Exterminador sempre alegrou os fãs em suas aparições. Até por isso, é de se estranhar que um projeto que envolvesse apenas o nome do anti-herói tenha demorado tanto para sair.
Bem, Slade Wilson é um personagem um tanto quanto peculiar, pois mesmo sendo o arqui-inimigo do Batman e também dos Titãs, o vilão, sempre foi muito querido por parte dos fãs dos quadrinhos. E isso acontece pelo forte background na sua história. Quase sempre, Slade foi apresentado junto a um drama familiar, tornando o personagem cada vez mais “humano” e empático aos espectadores.
No longa-metragem não foi diferente: em Exterminador: Cavaleiros e Dragões, o mercenário Slade Wilson é mostrado em suas duas vidas – Exterminador, o matador de aluguel e Slade, o dedicado pai de família. Assim sendo, a história percorre um caminho em que o Exterminador precisa salvar seu filho Joseph das mãos do misterioso vilão Chacal.
Entretanto, o roteiro de J.M. De Matteis vai além! O filme ainda nos presenteia com outras revelações sobre seu passado, trazendo novas subtramas à história e inúmeros plost twists. Confesso que alguns, inclusive, eu claramente não esperava. Outro ponto bastante interessante foi o fato da narrativa pular, em dois momentos, um espaço de tempo de 10 anos na vida do protagonista. Assim, além de mais velho, o personagem se encontra cansado, debilitado e mais fraco em relação ao auge da sua carreira como mercenário.
Deste modo, tudo que levou o personagem a ser incrível (massacres, lutas, cavanhaque, fator de cura, armadura, espadas e armas) está presente nesse longa animado. Além do mais, Exterminador utiliza de vários palavrões, decepa cabeças e membros e faz o sangue de seus inimigos jorrar pelo seu uniforme.
A animação no geral é simples e, por mais que a violência seja extrema e as variadas armas e veículos sejam usados de formas interessantes, os diálogos e a voz do protagonista não transmitem a ferocidade e a verdadeira maldade existente dentro do Exterminador. Já os designs em si são caprichados, principalmente a armadura do Slade e a do Chacal. Outro ponto bastante satisfatório está no envelhecimento de Adeline (esposa de Slade) no pulo temporal existente no longa.
Exterminador: Cavaleiros e Dragões é um ótimo filme, ainda mais para nós que estamos acostumados com os excelentes projetos animados já existentes na DC. Repleto de violência e tentando discutir a importância da família, Slade Wilson inicia muito bem a sua primeira empreitada solo, trazendo elementos interessantes ao personagem e despertando em nós o desejo de, num futuro próximo, vê-lo novamente em suas próprias aventuras.