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Crítica | Envelhecendo com ‘Party Girl’
Em Party Girl, acompanhamos a história de Angélique (Angélique Litzenburger), uma mulher de 60 anos que trabalha como hostess de um cabaré e decide se aposentar após perceber que a demanda de clientes já não é mais a mesma. A trama começa quando Michel, interpretado por Joseph Bour, um de seus clientes e que sempre foi apaixonado por ela, pede-a em casamento.
O filme é baseado na história da própria Angélique e é dirigido pelo seu filho, Samuel Theis. Ou seja, Angélique interpreta a si mesma, assim como todos os seus filhos que aparecem no longa.
Party Girl já começa mostrando o local de trabalho de Angélique e de suas amigas. A veterana passeia pelas ruas mostrando os cabarés onde trabalhou.
Agora que está mais madura, a protagonista procura tranquilidade e um companheiro para estar com ela na melhor idade. Portanto, aceita o pedido de Michel, seu cliente de longa data, que sempre fora apaixonado por ela.
O relacionamento dos dois evolui rapidamente e com isso aparecem os primeiros conflitos. Afinal, vida de casado não é fácil, especialmente para Angélique. Os problemas cotidianos, como conciliar os momentos a dois e o cuidado com a casa, atrapalham a rotina do casal. Quando essas situações são expostas, notamos as questões internas da protagonista, como o medo de ter cometido um grande erro, mesmo que de forma tímida.
Um dos temas abordados é o relacionamento da protagonista com seus filhos, que estão sempre presentes e prontos para ajudá-la. A família reunida faz a alegria de Angélique.
Outro ponto positivo é que vemos a humanização de Angélique e um pouco de sua realidade, desconhecida por muitos de nós. Além disso, contemplamos a garra da protagonista ao enfrentar seus medos e finalmente retomar contato com sua filha adolescente, Cynthia.
Porém, embora aborde um tema esquecido e à margem da sociedade, Party Girl se perde. Estamos sempre esperando por uma reviravolta que não vem. Em ritmo lento, é difícil manter a atenção do espectador. Parece algo já visto e pouco inovador.
Apesar de tudo, o filme consegue contornar alguns dos problemas com sua fotografia e trilha sonora contagiantes, além do carisma de Angélique.
Texto escrito por Sabrina Ventresqui
Veja o trailer
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