Crítica | Emily is Away

Emily é aquele amigo que nos permite falar sobre qualquer coisa. Muitas pessoas podem se relacionar com esse jogo e até se sentir emocionalmente apegadas

Manter-se conectado a alguém nunca foi uma coisa tão fácil, até o início das mensagens instantâneas nos anos 2000. O jogo Emily is Away aborda esse momento.

Baseando-se em escolhas feitas através de uma interface do MSN de 2002, somos surpreendidos por uma gostosa relação nostálgica. A habilidade em fazer uma pequena história tão intrigante é realmente incrível.

A história é contada através de várias conversas instantâneas. O jogo, na verdade, chega ao ponto de exigir que o jogador toque no teclado para imitar a digitação, independentemente da opção de diálogo.

Somos surpreendidos por um personagem que pode ser quem você quiser, com qualquer nome e qualquer sexo. Sua única obrigação é construir e desenrolar uma relação com Emily, uma garota do colégio que está seguindo seu caminho como jovem adulta.

A arte pixel dá ao jogo um foco suave

Conversa no jogo Emily is Away.
Conversas agradáveis e divertidas

As coisas não eram mais simples e muito menos melhores no passado. Isso não quer dizer que a arte do jogo seja desagradável… Ela até rende umas boas gargalhadas. E de algum modo, o jogo dá um ar romantizado à época. Apesar das referências ao período, não há nada que indique particularmente o ano de 2002.

Personagens reais com vozes reais

Tanto no modo de pensar quanto no de falar e agir, Emily assemelha-se a uma pessoa real do início da internet. Ela usa memes e emoticons, textos com cores chamativas e tipografia grotesca característicos do MSN. Tudo isso faz parecer que realmente nos conhecemos.

Podemos ver sua essência fenomenal com as mudanças de comportamento nela induzidas, seu desespero atrás de relacionamentos, suas dúvidas, a decadência da amizade entre os dois e os últimos diálogos.

Emily é aquele amigo que nos permite falar sobre qualquer coisa. Muitas pessoas podem se relacionar com esse jogo e até se sentir emocionalmente apegadas. É o tipo de história que todos vamos ter alguma vez na vida… vamos nos esbarrar com alguém e sentir a necessidade de sermos correspondidos.

Apenas separe 30 minutos do seu dia e jogue esse jogo.

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Riuler Luciano
Riuler Luciano

Jornalista Cultural e Marketeiro, cresceu lendo quadrinhos dos X-MEN é amante de Cultura Pop e Pequi!

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