Crítica | Em “Arremessando Alto”, Adam Sandler mostra, mais uma vez, que seu lugar de destaque não é na comédia

Novo filme do ator norte-americano já está disponível na Netflix
Foto: Netflix/Divulgação

Assim como qualquer momento natural da vida, como trabalhar, estudar e morrer, assistir a algum filme estrelado pelo ator norte-americano Adam Sandler é tão óbvio quanto quaisquer outras ações. 

Conhecido principalmente pelas produções de comédia, Adam Sandler iniciou sua carreira no stand-up bem cedo. Não é vergonha alguma dizer que já deu risada assistindo produções como “Gente Grande”, “Esposa de Mentirinha” e “O Paizão” (talvez um pouco). 

Apesar de sua enorme filmografia, sente-se que, em grande parte dos filmes (se não todos), o ator interpretava o próprio papel. Para além de interpretar a si próprio, o astro norte-americano sempre foi o pai da comédia pastelão, ricaço e cheio de bom humor. 

Mesmo tendo percorrido grande parte da carreira na mesma direção, é fato dizer que suas melhores interpretações não são na comédia. Adam Sandler é melhor triste, dramático e emocionante. 

Quando fez “Joias Brutas”, um dos melhores filmes da sua carreira, o astro mostrou que se dá bem em papéis densos, nos quais não interpreta o ricaço engraçado. É uma pena que a Academia não o tenha indicado ao Oscar daquele ano. 

Dessa vez, Sandler retorna com “Arremessando Alto”, uma parceria entre a Netflix e o estúdio Happy Maddison. No longa, o ator interpreta Stanley Sugerman, um olheiro do Philadelphia 76ers, que passa a vida viajando pelo mundo a fim de encontrar o próximo astro da NBA. A rotina é cansativa, principalmente devido a Stanley raramente encontrar o próximo potencial esportivo. 

É em uma das suas longas e cansativas viagens que Stanley conhece o jovem espanhol Bo Cruz (Juancho Hernangómez, jogador do Toronto Raptors), que ganha um dinheiro jogando basquete pelas ruas. 

Juancho Hernangómez e Adam Sandler em cena de "Arremessando Alto". - Otageek
A parceria entre o astro do basquete e o de Hollywood é emocionante. Foto: Netflix/Divulgação

Não é preciso ser fã de carteirinha de basquete para se apaixonar por “Arremessando Alto”, digo isso por experiência própria. Com acertos de um drama esportivo, regados a uma comédia dramática, nada comparada aos papéis já interpretados por Sandler, o longa consegue acertar em cheio nas cenas mais emocionantes, intercaladas com as de basquete. 

Para os fãs do esporte, não é difícil notar vários rostos conhecidos do universo. Claro que tal acometimento não é necessário para que o filme dê certo, mas é uma das felicidades de se notar na produção. Nota-se os olhos de Sandler brilhando durante o longa, já que se trata também do esporte que é sua paixão. 

Além da jornada do herói de Bo Cruz, a de Sandler também não passa despercebido. Os dois precisam lidar com coisas do passado, bem como entender e buscar seu lugar de realização dentro do esporte, cada um de forma diferente. 

Há esbarrações no clichê, mas que ainda assim permitem ao telespectador se emocionar e continuar assistindo ao longa, afinal, o clichê nunca é o problema, mas, sim, como a história decide tomar seu rumo, quais são as escolhas usadas para a mesma. 

“Arremessando Alto” entra para a lista de melhores produções do ator. No Rotten Tomatoes, o filme conta com 93% de aprovação do público e crítica. Em tal ponto, chegou a hora do astro interromper com as comédias pastelões, que, apesar de entreterem, não mostram nada de novo e pouco menos divertido. Para se destacar, Sandler é sempre melhor dramático, triste, emocionante,e atuando com todo seu coração. Afinal, quer algo melhor que ver “Jóias Brutas”, “Arremessando Alto”, ao invés da comédia perdida “Mistério no Mediterrâneo”

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Isabella Breve
Isabella Breve

Graduanda em Jornalismo, leitora voraz, amante da Sétima Arte e eternamente fã.

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