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Crítica | Documentário Império Romano da Netflix
Império Romano é uma obra original Netflix lançada em 2016, contando agora com 3 temporadas. Ela estabelece uma mistura entre documentário e narrativa épica, mostrando a história dos imperadores de Roma da ascensão à queda.
ATENÇÃO: NÃO CONSUMA ESTE CONTEÚDO SE VOCÊ TEM MENOS DE 18 ANOS
A série traz o jovem imperador Cômodo, filho de Marco Aurélio, em sua primeira temporada. Já na segunda, o protagonista é o grande conquistador Júlio César e, para a terceira, o escolhido é o perturbado Calígula. Portanto, não espere uma cronologia exata partindo do início do império.
Apesar de se tratar de um documentário, não se engane, as cenas são muito bem representadas e você é capaz de sentir a tensão e a morte iminente dos personagens a cada intriga na família real e aristocracia romana.
A civilização romana era altamente militarizada e violenta, portanto, não é infrequente que pessoas sejam assassinadas na narrativa ou que estejam muito próximas de serem. Além disso, as brigas por poder após a morte de um imperador são sempre eletrizantes de serem assistidas. Qualquer um candidato ao trono e, principalmente, a família real, estavam em grandes apuros com o falecimento de um soberano.
Naquele tempo e lugar, qualquer um faria qualquer coisa pra chegar ao poder supremo, incluindo esfaquear e envenenar os próprios familiares. Isso sem falar nas frequentes guerras retratadas na trama. E ela não economiza no sangue e pancadaria medieval. Então, se você gosta de assistir batalhas com espadas, está no lugar certo.
Outra coisa que o documentário não deixa de mostrar são as cenas de sexo, que podem incluir orgias, relações homossexuais e até incesto. Não preciso nem dizer que ele é proibido para menores de 18 anos, né? De fato, a civilização romana possuía um alto grau de liberdade sexual, embora o incesto também fosse um tabu.
Mas não se assuste: o conteúdo não mostra explicitamente a genitália dos atores e todas as cenas são rapidamente inseridas em um contexto para explicar os hábitos sexuais (muitas vezes depravados) daquele personagem.
Cabe aqui citar que a série é um modo bastante lúdico e eficiente de se aprender a história romana. Pode possuir, assim, um valor que vai além do simples entretenimento. Ela relata acontecimentos reais, narrados por historiadores experientes.
Algumas das passagens históricas mais interessantes, por exemplo, são a derrota de Spartacus, o primeiro Triunvirato, a conquista da Gália/Gaul efetuada por Júlio César, a guerra de Marco Aurélio contra os germânicos e até a criação do calendário juliano, que usamos até hoje.
Além disso, podemos ver várias demonstrações da cultura romana. As batalhas de gladiadores, por exemplo, são frequentemente utilizadas por imperadores para se obter apoio popular. Toda a glória de um cidadão romano residia em sucesso militar, e os grandes conquistadores, como Júlio César, são até hoje lembrados e admirados.
Portanto, Império Romano é uma excelente pedida do catálogo da Netflix e não perde em nada para séries de ação não documentais. Muito pelo contrário, acrescenta um caráter histórico e realista.
Você já assistiu a série? Se sim, conte aqui pra gente o que achou. E se não… tá esperando o quê?
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A série foge à que eu pesquisei nas biografias. Por exemplo que o casal Faustina é Marcos Aurélio tiveram 13 filhos e não somente Cômodo. E outros fatos que não batem. Se é documentário não deveriam ser reais os fatos?