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Crítica | A ruína do Reino do Superman
Anunciado como a continuação direta da ótima animação A morte do Superman, Reign of the Supermen (Reino do Superman) nos apresenta quatro novos super-heróis dispostos a carregar o legado do último filho de krypton.
A animação se baseia na HQ de mesmo nome de 1993 e na história temos a morte do Superman pelas mãos do vilão Apocalypse, deixando a Terra e seus companheiros desamparados. Lois, sendo uma das protagonistas do longa, vai atrás de respostas com esses novos heróis que tentam proteger o planeta.
O filme não consegue ser emocional como o anterior, que soube representar exatamente o sentimento de perda e falta que Superman faz para aquele universo. Portanto, o filme não consegue cumprir a premissa de impactar o público. Suas cenas de ação são exageradas (alô Michael Bay) e nem sequer possuem um momento memorável.
Sobre os novos personagens, Superboy é o estereótipo de adolescente nascido nos anos 2000, sendo, além de super-herói, um digital influencer e bastante inconveniente (ele tem uma cena junto à Lois bastante constrangedora).
Aço representa a humanidade e o coração do Superman, enquanto o Erradicador representa o legado do último filho de Krypton e Superman Cyborg foi descrito como incorporando todo o poder do Super-Homem, segundo sua produção.
De longe esses não foram os pontos que mais me incomodaram no longa, pois a animação ainda consegue ser extremamente sexista e as personagens femininas são hiper-sexualizadas. A sexualização e utilização de personagens femininas como muleta para roteiro, ou mesmo exposição gratuita, já foi algo comum nas histórias em quadrinhos antigamente.
Naquela época, o público-alvo era composto praticamente por homens. Porém, nos dias de hoje, a própria DC caminha para trazer mais representatividade em suas produções. Não dá pra passar pano para uma animação que consegue estragar até um glorioso fã-service da Mulher-Maravilha com ângulos expositivos e propositais.
Isso sem falar que a oportunidade de termos a Lois Lane como um personagem-chave foi totalmente desperdiçada e não pudemos explorar outras vertentes da jornalista, deixando-a não muito além de apenas a namorada de Clark Kent.
Por fim, O Reino do Superman é uma animação com roteiro fraco, um terceiro ato arrastado e vale como entretenimento apenas se você é fã assíduo do universo de personagens da DC ou quer ver só porradaria entre diferentes versões do homem de aço.
O Reino do Superman é dirigido por Sam Liu, escrito por Jim Krieg e Tim Sheridan, produzido por Amy McKenna, Alan Burnett, Sam Register e James Tucker e foi lançado no Brasil no dia 10 de Janeiro de 2019.
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