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Crítica | A pressão e competitividade em “Nocturne”
Nocturne é o quarto dos oito filmes da antologia de terror da Amazon Studios, em parceria com a Blumhouse Television. Escrito e dirigido pela estreante Zu Quirke, é estrelado por Sydney Sweeney, Madison Iseman, Jacques Colimon e Ivan Shaw.
Antes de começar, é preciso deixar um AVISO DE GATILHO, pois o filme apresenta conteúdo sensível relacionado ao suicídio.
Confira a sinopse:
Pelos corredores de uma academia de artes de elite, uma estudante de música tímida começa a ofuscar sua irmã gêmea mais talentosa e extrovertida quando descobre um caderno misterioso pertencente a um colega de classe recentemente falecido.
O thriller narra a história de Juliet e sua irmã gêmea, Vivian, ambas musicistas e estudantes de música clássica. Após o trágico falecimento de sua colega de turma, Moira, que participaria da apresentação de encerramento do ano letivo, o colégio decide realizar uma competição entre os estudantes para decidir quem performará no recital substituindo Moira.
Juliet, vivida por Sydey Sweeney, é a gêmea mais nova. Insegura e tímida, conforme o desenrolar da trama, a situação se complica quando menina começa sentir inveja da própria irmã, Vivian, personagem de Madison Iseman.
Extrovertida, talentosa, Viv é um prodígio com um caminho brilhante traçado na prestigiada escola de música Juilliard. Enquanto Juliet, é sempre deixada de escanteio sem que seus professores explorem seu potencial corretamente e sem planos para o futuro.
A trama começa de fato após Juliet encontrar o caderno de Moira, lotado de simbolismos e desenhos que parecem prever o futuro. A partir de então, embarcamos no surto da personagem em busca da perfeição enquanto compete com sua irmã.
Além do drama familiar, o filme aborda questões como a pressão para ser perfeita e a comparação com o outro.
Podemos trazer essa problemática para a nossa realidade atual, que por meio das redes sociais, somos constantemente bombardeados por selfies, corpos perfeitos, ostentações, viagens dos sonhos e padrões de vida e de beleza inalcançáveis. Tudo isso nos causa sensação de ansiedade e o sentimento de que não somos suficientes ou que estamos falhando, de alguma forma.
Especialmente neste momento delicado que estamos vivendo, precisamos manter em mente que não necessitamos ser o outro para ser feliz e que nós somos, sim, suficientes.
A trilha sonora recheada de músicas clássicas deixa tudo muito mais assustador, contribuindo para a sensação de tensão que percebemos durante todo o filme. Os tons frios de azul ajudam a criar a atmosfera de melancolia e desorientação vividos pela personagem.
A direção está impecável, a escolha de Quircke em ambientar várias das cenas em um corredor apertado lotado de pinturas assustadoras também faz com que o espectador tenha a sensação de claustrofobia.
Sydney Sweeney brilha na atuação e está completamente irreconhecível do seu papel de Cassie, na série Euphoria.
Confira o trailer:
“Nocturne” é um suspense instigante e vale a pena ser visto. O filme estreia nesta terça-feira (13/10) na Amazon Prime Video.
A antologia “Welcome to the Blumhouse” possui oito filmes de terror. Black Box e The Lie estrearam em 6 de outubro, Nocturne tem sua estreia marcada para esta terça-feira (13) junto de Evil Eye, estrelando Sarita Choudhury, Sunita Mani e Omar Maskati. A segunda safra de quatro títulos será anunciada.
Texto escrito por Sabrina Ventresqui
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