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Crítica | A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Há um bom tempo, longas animados como os da Pixar, Disney e Dreamworks conseguem o feito de entregar projetos que divertem e emocionam as crianças e boa parte dos adultos. E eis que a Sony decidiu se aventurar de vez nesse público, só que agora com uma nova ideia visual e uma narrativa mais dinâmica para as suas histórias, sendo este o caso de sua nova animação: A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas.
Em 2019, a empresa, junto de Phil Lord e Christopher Miller, produziu o longa animado Homem-Aranha no Aranhaverso, que foi sucesso de público e crítica, além de ter saído vitorioso do Oscar de melhor animação deste mesmo ano.
Com esse grande sucesso, a Sony então trouxe novamente a dupla para produzir o longa animado A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas. E mesmo que não tenha nenhuma inspiração vinda dos quadrinhos, o longa se inspira na mesma ideia visual e narrativa do Aranhaverso.
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas originalmente foi programado para ser lançados nos cinemas, mas por conta da pandemia do coronavírus, o longa sofreu inúmeros adiamentos. Por fim, a Netflix fez a aquisição dos direitos e hoje o filme já se encontra disponível no catálogo de sua plataforma de streaming.
Bem, com a direção de Michael Rianda, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas estreou na plataforma de forma silenciosa, mas aos poucos foi ganhando a atenção dos espectadores. Isso até a levou a ficar durante algum tempo no Top 10 das mais assistidas pelos assinantes.
Do que se trata A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
A história começa quando a jovem e promissora cineasta Katie Mitchell vê seu sonho próximo de se tornar realidade quando entra na faculdade de cinemas que sempre sonhou. Assim, por não ter uma relação tão amigável com seu pai, Rick Mitchell cancela o voo de sua filha e decide realizar a última viagem em família levando-a até a universidade.
Porém, após um ataque de robôs, não só a sua família mas toda a humanidade se encontra em perigo e, assim, eles precisam se unir de uma vez por todas para salvar o planeta Terra do controle das máquinas.
A animação é tão boa assim?
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas tem sim todas as qualidades sobre as quais muitos estão comentando após assistir. E mesmo que boa parte de sua ideia visual já esteja presente no longa AranhaVerso, a história em si nada se assemelha. Aqui, o projeto consegue ser ainda mais divertido e dinâmico, além de tocar em temas importantíssimos, como a tecnologia e a família, de uma forma interessante, eficaz e inovadora.
Ou seja, em meio a todos os memes e referências hilárias que o longa trás, ele apresenta nesses personagens todas as camadas necessárias para toda e qualquer família. Temos, por exemplo, um pai que mesmo tendo um pensamento ultrapassado busca proteger e direcionar seus filhos naquilo que acha ser o melhor para eles, e uma mãe tornando-se a heroína que seus filhos sempre enxergaram nela sempre quando necessário.
Além disso, podemos ver a obsessão de uma criança pela história e aquele típico medo das primeiras paixões e o desejo de uma pré-adolescente de crescer e construir sua vida longe dos pais, fazendo tudo que sempre sonhou.
Já em relação aos avanços tecnológicos na história, pode-se dizer que são usados de uma forma muito interessante e bacana. Mesmo que haja situações mostrando o quão ruim pode ser, por exemplo, o uso excessivo das redes sociais, a trama por nenhum momento demoniza a tecnologia. O que ela faz é propor uma reflexão sobre e demonstrar como a junção dos novos com os velhos hábitos será sempre a melhor coisa a se fazer.
A ideia visual de a A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Embora muito do que vemos aqui seja algo já apresentado no longa anterior do estúdio, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas consegue trazer certa originalidade por brincar com os memes, utilizar cenas reais e, é claro, ter uma ótima mistura da animação 2D e 3D. Além disso, o longa é enérgico, com ótimas cenas de ação e uma abundância de cores que vão encher os olhos de todas as crianças.
O que eu não poderia deixar de mencionar aqui é o maior alívio cômico do filme, o cãozinho Munchi. O personagem é Inspirado no pug Doug The Pug, o cão simpático e engraçado de mais de 3 milhões de seguidores no instagram.
No mais, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é uma excelente animação, que vai prender a atenção dos mais velhos e encantar os mais jovens pelo seu exagero visual. É bem provável que, se não fossem os adiamentos, o longa estivesse nas premiações desse ano. Deixo aqui a minha torcida para que o filme seja lembrado nos próximos festivais, para que a Sony Animation ganhe ainda mais reconhecimento e continue produzindo outras ótimas animações.
Veja o Trailer:
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