Crítica | A Caminho da Lua – a encantadora animação da Netflix

"Viver pode ser incrível, igual a você."

A animação da Netflix e a sua primeira versão em musical, A Caminho da Lua chega para suprir a falta das grandes animações da Pixar e da Disney, entregando um filme cheio de mensagens positivas e uma narrativa que encantará os olhos de qualquer criança.

Pôster de A caminho da Lua.
Pôster de A caminho da Lua.

Estreando como diretor de um longa-metragem, Glen Keane – animador responsável por Tarzan e Enrolados – junto do roteiro de Audrey Wells e Jennifer Yee McDevitt, conseguem transmitir uma história visualmente excepcional e um texto que vai nos cativando desde os seus primeiros minutos.

O filme conta os passos da protagonista Fei Fei, uma jovem que desde muito pequena foi apresentada à história da antiga Deusa da Lua. Contudo, com a morte da sua mãe, a garota percebe que a deusa está sendo esquecida perante a sua família e, assim, parte em uma aventura no espaço para provar a existência da lenda e se conectar novamente com a memória de sua mãe.

Fei Fei com sua família.
Fei Fei com sua família.

Primeiramente, é importante ressaltar que a animação é direcionada ao público infantil. Dito isso, acompanhar as aventuras dessa protagonista será ainda mais encantador se os “mais velhos” se permitirem assistir com os olhos de uma inocente criança.

A narrativa utiliza de uma opção muito recorrente nas animações da Disney: as músicas! Ou seja, a cada passo que a história vai percorrendo e a cada sentimento que esses personagens vão demonstrando, novas canções são apresentadas.

Porém, em meio às inúmeras músicas existentes no filme, o projeto nos encanta pela sua beleza visual, mesclando a ótima utilização do 2D e 3D. Assim, quando o longa introduz alguns elementos místicos, as cores começam a aparecer e o encantamento visual se torna deslumbrante e extremamente encantador.

Fei Fei e Gobi, um bichinho verde, em A Caminho da Lua.
Fei Fei e Gobi.

Ainda é válido ressaltar a ótima ambientação da cultura chinesa e, é claro, a homenagem ao filme clássico de 1902, Viagem à Lua, do precursor dos efeitos especiais, George Méliès.

Outro ponto que agrada e muito são os personagens coadjuvantes da trama. Em relação aos humanos, o “irmão” de Fei Fei, Chin, se destaca com seu temperamento extrovertido, sapeca e companheiro de ser. Já se tratando dos animais, o longa esbanja fofura com a coelhinha Pulinho e o bichinho falante de outro planeta, Gobi.

Fei Fei, Chin e a coelhinha Pulinho.
Fei Fei, Chin e a coelhinha Pulinho.

Pois bem, A Caminho da Lua é cativante, emocionante e de uma beleza visual encantadora. Além do mais, o filme reforça as tradições chinesas e traz uma linda mensagem sobre as dificuldades de se seguir em frente após perder alguém que amamos. E acima de tudo, a história nos ensina que para avida ser incrível, a única coisa que devemos fazer é vivê-la.

Veja o trailer:

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Lucas Almeida
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