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Crítica | Brincando com Tubarões, a história de Valerie Taylor
National Geographic e Disney se unem a Valerie Taylor para trazer um novo olhar sobre os vilões dos mares em Brincando com Tubarões. E a convite da Disney, o OtaGeek pôde conferir em primeira mão a première mundial do documentário (A ERA INTERNACIONAL VEIO PARA FICAR).
Para os fãs de Spielberg, preparem-se para mergulhar fundo nos detalhes do que o instigou a trazer Tubarão (1975) para as telonas. Toda a vida e o trabalho de Valerie Taylor e de seu marido, o falecido Ron Taylor, foram oportunamente registrados como se esperassem o momento certo para serem recontados em uma narrativa de emocionar e tirar o fôlego. E essa espera chegou ao fim com Brincando com Tubarões, sob a brilhante direção de Sally Aitken.
Uma mulher à frente de seu tempo
Nascida em Sydney, 1935, Valerie fez sua carreira como mergulhadora e caçadora subaquática profissional. Ganhando notoriedade na área, foi como conheceu o seu futuro marido, Ron. O interesse em comum pela vida submarina concedeu à história a narrativa do casal perfeito. A construção imagética com as imagens de arquivo carregam o mesmo drama que uma montagem ficcional.
Cada detalhe registrado de suas aventuras trazem uma qualidade para a história, que transforma pessoas reais em personagens numa jornada do herói. Valerie nos é apresentada como a heroína da Terra numa época na qual, como ela mesma diz, tubarão bom era tubarão morto.
Sem deixar de lado o tópico do que era esperado de uma mulher nos anos cinquenta, o documentário se envolve nos desejos pessoais de uma mulher livre e nas dificuldades da vida de Valerie enquanto constrói a redenção de personagem no momento em que ela mata, pela primeira e última vez, um tubarão.
“Tudo na vida tem um risco. Até uma xícara de café pode te queimar.”
– Valerie Taylor
De inimiga a aliada
Valerie rapidamente deixa para trás a vida de caça e abraça a simplicidade de conhecê-los e registrá-los. É interessante como sempre a vemos rodeada de homens nos barcos que não se atrevem a fazer o que ela faz. É uma abordagem implícita, porém necessária para vermos o crescer de uma mulher que não tem medo daquilo que outros temem.
Ela defende os tubarões como qualquer outro animal, chegando a compará-los com cães. A fotografia de maestria histórica transparece sua alegria em estar rodeada pelas criaturas que, em certo ponto, parecem já reconhecê-la como uma amiga. A alegria de Valerie é de aquecer o coração.
Ela e Ron se tornam exploradores, defensores e referência como cinegrafistas subaquáticos, e o filme em si é uma ode ao trabalho singular dos dois; é como se eles, em sua juventude, soubessem que cada detalhe seria vital para a compreensão de uma das mais enigmáticas criaturas da água.
Em defesa dos tubarões
Uma pioneira, Valerie foi a primeira pessoa a filmar tubarões brancos em mar aberto sem a proteção de gaiolas. Os Taylors parecem mais em casa do que nunca quando rodeados deles, e seu trabalho com filmagem submarina foi crucial para a produção de Tubarão, blockbuster de Steven Spielberg cuja influência na cultura pop foi o que ajudou a disseminar a imagem do tubarão branco como uma ameaça para banhistas. O longa aborda a controvérsia de sua participação no filme, mas o tópico não ganha tanta importância quanto a experiência em si.
O próprio Ron Taylor se faz presente por meio de gravações de áudio, dando seu depoimento no que se torna uma declaração de amor ao seu trabalho e sua esposa, enquanto o filme submerge na atmosfera de um casal cujo destino era pertencer ao mar aberto. Valerie, por sua vez, é firme em dizer que não era parte do mundo submarino, mas apenas uma visitante. E nesse caso, os tubarões são anfitriões cordiais.
Brincando com Tubarões já está disponível para assistir no Disney+. Confira o trailer:
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Parece muito legal, tubarões são animais muito bonitos mesmo! 😀
A Clara arrebenta nas matérias!
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