“Bagdá Vive em Mim” estreia nos cinemas em 02 de setembro

Bagdá vive em mim mostra vida paradoxal de artistas e ativistas iraquianos exilados, discutindo grandes tabus da sociedade árabe

BAGDÁ VIVE EM MIM é um filme do diretor Samir, onde a ficção mostra vida paradoxal de artistas e ativistas iraquianos exilados, que costumam se reunir em um café para encarar juntos a diáspora existencial que vivem, marcada por uma saudade insaciável de seu país de origem e a consciência de que nunca mais se sentirão confortáveis lá.

Poster do filme Bagdá vive em mim
Poster do filme

O longa é ambientado em Londres, pouco antes do Natal, e gira em torno de Taufiq, poeta iraquiano e guarda noturno, que busca conselho dos amigos no Café Abu Nawas, após sue sobrinho, Nasseer, ser voltar ao islamismo radical pregado pelo extremista Yasin.

Nesse local onde o escritor declama a sua poesia e relembra do seus antigos ideais , conhecemos também as historias de outros iraquianos, que fugiram de Bagdá em busca d liberdade na Inglaterra, expondo em sue roteiro os grandes tabus da sociedade árabe: o ateísmo, o machismo e a homossexualidade.

Um filme sobre empatia

De acordo com os dados da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), 4,7 milhões de iraquianos vivem no exílio. O que faz a representatividade do filme seja de muitas maneiras impactante, e necessária, nos dias atuais.

“Os personagens lutam contra as regras tradicionais arcaicas de seu país de origem, usando a liberdade que prevalece no país de acolhimento. A representação honesta de suas contradições e de suas lutas para superá-las tem o objetivo de criar empatia e conter a maré do discurso negativo predominante de exclusão. Vemos pessoas que têm arestas e falhas, mas com as quais nos familiarizamos, conhecemos seus sonhos e objetivos e torcemos por eles quando as coisas ficam difíceis”, define o diretor.

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“Embora a Internet agora dê a todos a oportunidade de saber sobre tudo, o avanço da proliferação das redes levou a um florescimento de preconceitos sobre «estranhos» e «outros». É quase impossível para muitas pessoas, mesmo liberais, imaginar que a maior parte do povo de um país islâmico tem tanto ou tão pouco a ver com religião quanto eles. Por outro lado, a pressão das forças religiosas no mundo árabe, tornaram-se tão fortes que obrigam os modernos e liberais a parar de se expressar, mesmo que vivam uma vida aberta”, continua Samir

Confira o trailer do filme, abaixo:

BAGDÁ VIVE EM MIM estreia nos cinemas dia 02 de setembro.

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