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Alien: Romulus | 5 Motivos para assistir
Alien: Romulus ressuscitou a franquia e nem leva o termo (ressurreição) no título como o quarto filme. Ele teve sucesso no que Prometheus e Alien: Covenant falharam. Não, não é a minha opinião, mas a de quase todos os fãs da franquia. Se você ainda não assistiu, aqui vão cinco motivos para não deixar de acompanhar o organismo perfeito. Seu grito com certeza será ouvido na sala de cinema.
1) O Protagonismo dos Facehuggers
Pra quem não sabe, Facehugger é o nome da larva aracnóide que inocula os hospedeiros com a segunda larva (o chestbuster ou -burster) que sai do tórax da vítima, abraçando seu rosto com suas pernas(?) que parecem dedos, daí seu nome. E em todo filme é assim: algum desavisado bate de frente com o ovo(?) e, não sei porque cargas d’água, resolve botar a cara. E o Facehugger NUNCA erra o alvo. O resultado, você sabe qual é.
Bom, dessa vez não é assim. Temos um protagonismo, por assim dizer, dos Facehuggers nunca antes visto. Também nunca o vimos errar o alvo e aqui ele o faz VÁRIAS vezes. Ao que se consta nos anais da xenobiologia, não se deve removê-lo, pois isso mataria o hospedeiro devido ao sangue ácido. Aqui isso também não acontece. Pena que eles não puderam contar a técnica pros personagens dos filmes seguintes.
2) Referências
Tá bom, você não aguenta mais as referências e desde Stranger Things isso parece inevitável. Mas aqui, o filme não é sedimentado nas referências e elas aparecem de forma tão sutil quanto os xenomorfos. Quando você percebe, já é tarde demais.
E isso não é uma crítica. Você percebe a referência e fica tentando se lembrar de qual filme era mas não dá tempo porque tem que prestar atenção no que tá rolando. Você vai se lembrar quando “cair a ficha” daqui a um tempo. O mesmo tempo de maturação do xenomorfo.
3) O Androide
Andy (ou N-D) é carismático e carente como Call, a androide interpretada por Winona Ryder em Alien: A Ressurreição. Da mesma forma que ela é a única androide feminina e isso sedimenta sua relação com Ripley, Andy é o único androide negro e foi encontrado numa situação de rua. O subtexto está claro e serve de pano de fundo pra sua relação com Rain, lúgubre como seu próprio nome indica.
Além de sua personalidade, Andy tem mais uma idiossincrasia; ou talvez uma característica. Não sei se por seu modelo ser obsoleto, já que há androides ainda mais obsoletos que ele, como David ou Ash. Foi mais uma ideia nova pra um filme “antigo”, já que se passa entre Alien: o Oitavo Passageiro e Aliens: o Resgate. Andy reseta e reinicia seu sistema operacional através de um pendrive e seu reboot constitui uma das melhores cenas do filme, junto com uma excelente atuação de um Facehugger.
4) Atmosfera
Tivemos um filme de terror no primeiro. Um filme de ação no segundo. Um thriller cyberpunk e technoir no terceiro. No quarto, um filme de aventura com personagens RPGísticos propositalmente estereotipados (ninguém percebeu que ali temos uma ou outra classe de personagem de D&D?). O clima de mistério no quinto e o quase terror gótico de Covenant.
Alien: Romulus mescla tudo isso. A atmosfera de Alien 3 na ambientação de Aliens: o Resgate com o terror de O Oitavo Passageiro, e mais uns detalhes “prometeicos” que não vou revelar. Temos também um elemento de Alien: A Ressurreição:
5) Um novo híbrido
Tá, não sei se é motivo pra comemorar já que o primeiro híbrido não foi celebrado pelos fãs da franquia e é considerado um dos grandes erros de Alien: A Ressurreição. Eu nem ia falar dele aqui pra não dar mais spoiler, mas o filme já está há um tempo nos cinemas e pululam imagens dele na internet.
Se você vai curtir ou não o estranho personagem Offspring vivido pelo estranho ator Robert Bobroczkyi, fica a seu critério. Mas sua aparição é um dos momentos mais marcantes e assustadores do filme. Aliás, o termo “Aparição” em inglês (Wraith) designa algo fantasmagórico.