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6 jogos do Steam Game Festival 2021 para você conferir!
Entre os dias 03 e 09 de fevereiro, ocorreu o Steam Game Festival 2021, um evento que tem por objetivo disponibilizar demos e mostrar um pouco de jogos dos mais variados gêneros que serão lançados na plataforma.
A lista a seguir inclui títulos de terror, ação, roguelikes e muito mais, todos sem uma data certa de lançamento, mas previstos para este ano. Sem mais delongas, aqui vão 6 jogos para você conferir em 2021 na Steam.
6 – Dead Estate
No estilo 16bits, Dead Estate é um shooter roguelike (rpg de tiro com mapas gerados proceduralmente) de terror produzido por Milkbar Lads, um grupo independente de desenvolvedores. Nele precisamos escolher entre dois personagens e embarcar numa aventura por uma mansão mal-assombrada. A estética do jogo é muito nostálgica e o estilo de mapas e fases parece muito com um arcade da década de 80/90.
O jogo em si é leve, não só pelas cores e trilha sonora também em 16bits, mas pelos desafios. Acredito que ainda esteja numa fase beta, pois senti falta de maior clareza sobre quais inimigos são fortes ou fracos e isso faz você ficar em dúvida se um inimigo não morre porque você é fraco ou porque ele é imortal.
Felizmente, a mecânica de compra de boosts e power-ups funciona de maneira interessante e acrescenta mais uma chance de diversão. Outro ponto a favor de Dead Estate é que ele tem uma alta rejogabilidade, ou seja, podemos jogar vezes e vezes seguidas sem cansar. Estou bastante curioso sobre o trabalho final e acredito que, caso seja desenvolvido um modo multiplayer local, o jogo possa ganhar muito!
5 – No Place For Bravery
Esse aqui faz jus ao nome por não ser apenas um rpg de pancadaria e até brincamos na redação que ele era vibe Dark Souls (ou eu sou um péssimo jogador). No Place for Bravery foi desenvolvido pela Glitch Factory e nos coloca na pele de Thorn, um guerreiro aposentado que se vê obrigado a voltar à ativa para resgatar a filha e esposa.
Por mais que seja um jogo frenético, ele não é do tipo que se vence na raça: você precisa ser estratégico e dominar as mecânicas de defesa e esquiva para lutar contra inimigos muito mais fortes que você (daqueles que matam com 2 golpes). Isso acrescenta uma mecânica divertida, mas que vai exigir um pouco mais de você. Eu fiquei preso no primeiro boss e deixei quieto!
Felizmente é um título também de muito potencial, que parece ter uma história interessante, a qual ainda não foi explorada nos primeiros minutos de jogo. O estilo visual é pixelado e em 2D, mas a trilha sonora é muito boa, com cânticos tribais misturados à árias de ópera. Outro ponto positivo é que o título está disponível em português. Ele tem um potencial interessante para, se não competir, ao menos se equiparar a Hades (2020)!
4 – Dwerve
Dwerve é um daqueles jogos leves e ideais para passar o tempo, mas que podem dar uma leve torrada nos seus neurônios. Desenvolvido pela Half Human Games, é um RPG tático de exploração de dungeon e estilo tower defense (defesa de torres), com uma mecânica bem específica que exige atenção e estratégia. Nele, encarnamos um jovem anão inventor que deve lutar para salvar a honra de sua família ao mesmo tempo em que se envolve numa trama muito mais complicada.
Mesmo sendo divertido, a atenção não deixa de ser importante. Diferentemente de outros tower defense, a câmera não fica parada, mas vamos nos deslocando pelo cenário, retirando e montando torres diversas. Isso exige não apenas o cuidado de garantir que você terá suprimento necessário para construir, mas que você não morra tentando quando os inimigos te atacarem.
Dwerve peca por não ter uma trilha sonora muito presente, afinal, em vários momentos nós ficamos no mais profundo silêncio. A jogabilidade é simples e o design visual é lindo, o que torna a experiência muito agradável, mas você vai precisar aprender a estratégia, senão, como eu, vai morrer mais vezes do que deveria.
3 – Tunche
Casual, lindo e divertido. Essas seriam as palavras que eu usaria para definir Tunche, jogo desenvolvido pela Leap Game Studios. É um título de ação no estilo hack-and-slash (enfatiza o combate corpo a corpo). É um daqueles que a gente tem mesmo que cair na pancadaria, mas o design visual é único e feito à mão.
Nele, podemos escolher, inicialmente, entre quatro personagens, cada um com um kit de habilidades únicas, que podem ser evoluídas e transformadas no decorrer da gameplay. O estilo é muito divertido, além de ser lindo e permitir que joguemos num modo multiplayer local. A ideia é simples: em cada nível, enfrentamos uma horda de inimigos e devemos derrotá-los.
A jogabilidade é muito boa, mas os controles são pouco intuitivos. Mesmo com esse ponto baixo, ainda é um título que encanta facilmente, principalmente pelo estilo de arte que denota tamanho cuidado e atenção aos detalhes. O visual é único, mas o que chama a atenção é decididamente o combate!
2 – Gwan Moon High School
Escolhi jogar Gwan Moon apenas por ser coreano e, olha, que grata surpresa! O título é desenvolvido de forma independente pelo Studio AWE e nos permite acompanhar dois grupos de estudantes que, por motivos variados, são levados à sua escola numa sexta-feira à noite. A partir disso, os capítulos misturam-se e conectam-se, fazendo jus ao gênero de romance visual, mas com uma generosa dose de terror e violência.
Há pouco mais de um mês assisti à antologia de terror sul-coreano “Goedam”, da Netflix, que conta sobre várias lendas urbanas do país e foi muito prazeroso ver, logo nos primeiros minutos de gameplay, algumas dessas lendas. O jogo se apoia nelas e constrói muito bem o suspense, mesmo com as imagens estáticas e sem apelar para jumpscare.
Minha única crítica é que o sistema de escolhas é simplificado e, uma vez que você compreende como lidar com as criaturas, fica um pouco óbvio quais passos devem ser tomados. No entanto, o título ganha pontos por não apresentar sistemas de defesa e fuga e ficamos completamente à mercê dessas escolhas. Fiquei muito curioso sobre o que vem por aí e já deixei o título salvo na minha lista de desejos.
1 – Children of Silentown
Esse é, sem dúvida, o melhor título da lista, e por isso está em primeiro lugar. Children of Silentown nos coloca na pele de Lucy num jogo de terror estilo point-and-click desenvolvido por Elf Games e Luna2 Studio. A vila onde o título se passa é cercada por uma floresta abarrotada de monstros, mas a protagonista não parece ter noção clara sobre o que está acontecendo (sim, ele lembra muito o filme “A Vila”, de 2004)
A arte do jogo é excelente e traz em si um estilo feito à mão que mistura pinturas e giz de cera de um jeito cativante, com destaque para os momentos de tensão e como eles são construídos visualmente. Esses aspectos se unem para construir beleza e estranheza. Outro ponto que merece ênfase são as mecânicas de descobrimento do mundo através dos sons. Com eles, nós conseguimos acessar emoções, ajudar outros personagens e muito mais.
O título ainda conta com alguns mini games divertidos que são essenciais para o desenvolvimento da narrativa. Confesso que essa foi a demo que mais mexeu comigo e me deixou curioso. Mesmo sendo uma das mais curtas, é a que mais permite ter noção sobre o que o jogo traz e olha: que sabor delicioso! Eu recomendo que você salve esse título na sua lista de desejos.
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