5 motivos para assistir What If…?

Por que tanta comoção em apenas mais uma animação da Marvel? Aqui vão 5 motivos. 

What If…? já está em seu terceiro episódio e falamos dessa série desde o trailer. Fizemos a crítica do primeiro e segundo episódios e elucidamos “(…) como a atuação de Chadwick Boseman em What If…? influenciaria a sequência de Pantera Negra.” Mas por que tanta comoção em apenas mais uma série da Marvel? Aqui vão cinco motivos:  

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1) Histórias Originais

Não se trata de uma adaptação das histórias presentes nas HQs como ocorre com a maioria das animações da DC, mas de novas histórias. Muitas vezes, em um remake ou mesmo em uma adaptação, as novas versões realocam personagens e A faz o papel de B, B faz o papel de C e C, o de A.

Peggy Carter como A Capitã Britânia em What if...?
Peggy Carter como a Capitã… “Britânia”? em What If…? #1

Isso acontece, por exemplo, na refilmagem de O Enigma de Outro Mundo (1982), A Coisa (2011), que ao mesmo tempo é uma prequel (e saiu, desta vez, com o nome original), e no 5º episódio da fraquíssima série Constantine. Os dois primeiros episódios de What If…? lançam mão desse recurso, mas não vou dar spoilers

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2) Animação Revolucionária

Desde os anos 1990, todas as animações passaram a ser no estilo anime. Não apenas o traço (com a sombra em dégradé, em vez da tradicional sombra preta do traço italiano), mas a própria técnica de animação em si, com o fundo hachurado em cenas de ação, entre outras coisas.

E desde Batman: The Animated Series (lançada no SBT como O Novo Batman), em 1992, o traço francófilo conhecido como ligne claire foi ficando cada vez mais em voga e é comum hoje em dia as animações mesclarem ambos, mas você nunca viu uma animação deste tipo. Ao menos, não em desenhos da Marvel.

A movimentação é perfeita e o timing do deslocamento dos personagens reproduz tanto a movimentação real quanto os super movimentos. Tanto a animação quanto o contorno em nanquim lembram os games da série Telltale.

3) Os Semblantes dos Atores

Não só as vozes, mas os semblantes dos atores estão presentes. Você reconhece os atores e vê todo o MCU representado na animação.

Yondu com o semblante de Michael Hooker em What if...?
Yondu – não é só a voz de Michael Hooker.

Assim como eram moda no início dos anos 1990 os gráficos digitalizados, nos quais atores eram apresentados atuando em games, dessa vez os vemos atuando nos desenhos animados, não apenas como dubladores. Tá bem, não são gráficos digitalizados, mas o molde para os personagens advém dos atores, e é isso o que importa.   

4) A Marvel finalmente fez uma animação que presta

É comum dizer que as animações da Marvel não são boas como as da concorrente DC e ficam muito aquém do esperado. Adaptações infames como Hulk e os Agentes de S.M.A.S.H. sempre foram pálidas versões de seus roteiros originais, e era no quesito filmes e séries que a Marvel se destacava. Essa crítica não se aplica a What If…?  

5) Você não vai ver o Vigia

Não, nada contra ele, mas sua versão diáfana é ótima! Uatu, o Vigia, que a tudo assiste mas que em nada interfere, narra os episódios desde a série original em quadrinhos e aqui não poderia ser diferente.

Uatu, o Vigia, em mimetismo com a paisagem no Deserto de Nevada.
Uatu… de butuca*!

Nenhum dos personagens sabe de sua existência e a ironia dramática fica por conta de nós espectadores sabermos de sua existência sem podermos alertar os protagonistas. Uatu aparece em mimetismo com o cenário vigente na cena, camuflando-se em meio à paisagem, seja ela espacial ou terrena.

*Tocaia em carioquês

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Claudio Siqueira
Claudio Siqueira

Escritor, poeta, Bacharel em Jornalismo e habitante da Zona Quase-Sul. Escreve ao som de bits e póings, drinkando e smokando entre os parágrafos. Pesquisador de etimologia e religião comparada, se alfabetizou com HQs. Considera os personagens de quadrinhos, games e animações como os panteões atuais; ou ao menos, arquétipos repaginados.

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